ENGARRAFADA

Ergo a taça para brindar / e o escurinho me assanhou

Baco em Roma instalou / o que é bom a beira mar

E aqui tudo veio calar / e ninguém amarelou

Proibido fruto  calou / no ambiente e em todo o ar

 

Seu culto todo persiste / espero em si esperando

Em belas uvas européias / aquele momento belo

Numa história toda triste / mas em flores que desvendo

Em tão caladas azaléias / há o perfume por que apelo

 

Ao ninho todo saber / que dos seus pelos desliza

Se a velhice predomina / é bebida colorida

Sugerida num só vapor / que as horas harmonizam

Ainda olhos de menina / como a noite 🌃 é infinita

 

Demasiado peso seria / numa espera de milênios

Para brindar único amor / ter o tempo tão sem tempo

Correr com tanta euforia / transformando os próprios gênios

Em taças de longo calor / para sermos nosso elenco

 

Luiza De Marillac Bessa Luna Michel

 

Miguel Eduardo Gonçalves * in memórian*

 

 

 

Luiza De Marillac Michel
Enviado por Luiza De Marillac Michel em 27/02/2022
Reeditado em 27/02/2022
Código do texto: T7461412
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