MENTIRA (Ternurinha & Ronaldo Honorio)
Passeias desmedida flagelando corações
Levantas labaredas, sucintas fantasias
És pétala rosada de perenes ilusões
Em lábios escarlates, como fina iguaria
És doçuras e delícias na trama do teatro
Redemoinho de cenas, papel principal
Atuando na soberba e esplendor de um astro
Tão faceira e adornada por supérfluo arsenal
Vives no fragor das horas mortas, dissimulada
Esfinge de braços abertos engolindo o segredo
Pobre caule florido em almas desertificadas
Deleita-te em vã glória e apodrecido vinhedo
Vives as fantasias dos sonhos usurpados
És ligeira como um raio a se propagar no espaço
Inclemente e impiedosa como lança de um dardo
A beber dos inocentes a candura de seus laços
Edith Lobato
Emplumada serpente em púrpuro veludo
Duas cabeças, fel, ego mor, sem cauda,
Tua língua personifica o veneno agudo,
Em desérticas esperanças traça tua lauda.
Suave, aproximas-te com o sorriso juvenil
E os morto-vivos famintos por ideais, tu afagas,
Te aconchegas entre os inocentes, ar infantil
E destroças tuas crenças com profundas chagas.
Habitas sorrisos cândidos e provas de fino vinho
Dos miseráveis de espírito, amenizas a realidade,
Fúngica, mofada, ganha corpo no burburinho
Subjetivada como artimanha da casualidade.
És fácil, meretriz viciada ou nobre madrasta
Consomes suave e ardilosamente a integridade,
Cancerosa tempestade em escuridão nefasta
Esfacelas o sonho, destilas o amor, tinges a verdade.
Ronaldo Honório
* Quero agradecer à poetisa e escritora Ternurinha a oportunidade
da parceria nesse dueto. Sinceros agradecimentos.
Todos os Direitos Reservados - Lei 9.610 de 19/02/1998
Passeias desmedida flagelando corações
Levantas labaredas, sucintas fantasias
És pétala rosada de perenes ilusões
Em lábios escarlates, como fina iguaria
És doçuras e delícias na trama do teatro
Redemoinho de cenas, papel principal
Atuando na soberba e esplendor de um astro
Tão faceira e adornada por supérfluo arsenal
Vives no fragor das horas mortas, dissimulada
Esfinge de braços abertos engolindo o segredo
Pobre caule florido em almas desertificadas
Deleita-te em vã glória e apodrecido vinhedo
Vives as fantasias dos sonhos usurpados
És ligeira como um raio a se propagar no espaço
Inclemente e impiedosa como lança de um dardo
A beber dos inocentes a candura de seus laços
Edith Lobato
Emplumada serpente em púrpuro veludo
Duas cabeças, fel, ego mor, sem cauda,
Tua língua personifica o veneno agudo,
Em desérticas esperanças traça tua lauda.
Suave, aproximas-te com o sorriso juvenil
E os morto-vivos famintos por ideais, tu afagas,
Te aconchegas entre os inocentes, ar infantil
E destroças tuas crenças com profundas chagas.
Habitas sorrisos cândidos e provas de fino vinho
Dos miseráveis de espírito, amenizas a realidade,
Fúngica, mofada, ganha corpo no burburinho
Subjetivada como artimanha da casualidade.
És fácil, meretriz viciada ou nobre madrasta
Consomes suave e ardilosamente a integridade,
Cancerosa tempestade em escuridão nefasta
Esfacelas o sonho, destilas o amor, tinges a verdade.
Ronaldo Honório
* Quero agradecer à poetisa e escritora Ternurinha a oportunidade
da parceria nesse dueto. Sinceros agradecimentos.
Todos os Direitos Reservados - Lei 9.610 de 19/02/1998