Possibilidades...

Abaixo do céu, sobre os horizontes

Suores escondidos pelas frontes

Mesclam suas fontes primitivas

São mágoas disfarçadas de insensatez...

Abaixo das nuvens traiçoeiras

Nos tronos das almas feridas

Presas entre as cordilheiras erguidas

Elegem suas vias... certeiras?

Limpas, puras, sofridas?

Santas, profundas, vingativas?

Justas, incertas, intensas?

Quanto custa isso saber...

As possibilidades existem...

Por caminhos trêmulos... fluem

Como um andarilho incerto

Vaga sobre um trilho certo atrás do seu trem...

Assim se fez e se fazem os homens.

Tantas opções existem...se oferecem.

Carregadas nos vagões que permitem

As alternativas, da sorte, das preferências

Do afeto, do amor, do contato direto.

No desabrochar das fundas carências...

Tudo é possível, não sendo

Tudo pode, não podendo

Tudo se vive, não vivendo

Dentro das infindas emoções...

No hesitante, na escolha do estilo da vida

No balanço das horas... na despedida

A vela, o fiasco, o fim da novela

São tantas as medidas oferecidas...

Muitas delas escondidas...travestidas.

Pela criatividade das irreverências.

Os desejos, os lamentos nos cortejos...

As fúrias, as culpas, os gracejos...

O forte, as vidas duplas, os solfejos

Tantas são as possibilidades...

Como as sabiás dentro da sua sabedoria

Cantam suas verdades ao raiar do dia

O destino tem um tal elo na bifurcação...

Tipo encruzilhada nos caminhos...na estrada.

Escolhas certas?... Quem sabe?

Mesmo com as feridas descobertas

Será sempre a melhor na tua opinião...

Talvez!

Dentre todas as que te cabe

No espaço milimétrico separatista...

Entre o amor e o ódio.

Perdão ou ressentimento.

Fio que separa a lucidez da loucura

Só saberá quando deixar

Tua alma florir de uma vez...

Esta também será uma opção!

Entre as flores e os espinhos

Ao fazer a escolha harmônica...

Fincar de vez o perfume da paz

Ou se amargurar pela raiz.

Pés grudados... emaranhados.

No chão frio ou no calor dos sonhos.

Para depois alçar o vôo mais sublime.

Na consciência de que tudo cicatriza.

Até a dor mais doída...a não vencida.

Umedece o seu deserto de solidão.

Há sim o maná dos céus... da prece...

Para quem padece ou apenas esquece.

É só sentir a voz que vem do interior.

E como ela é clara e clama seu grito.

E a vida vem com toda exuberância.

Acredita...é atingível...plausível.

Capte os sinais da sua história.

Veja o quanto a sua memória é farta.

Nela está todo o curso mapeado.

Siga confiante...em frente... apaixonado.

Enise/Hildebrando

POSSIBILIDADES...

Veja o poema editado em vídeo...este conta minha história de vida

http://www.youtube.com/watch?v=ct6UDfCh4uE

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 03/12/2007
Código do texto: T762485