A quatro mãos

Chuva fria pálida e triste

Gélidos dias em que me resistes

Cobertor refeito, direito – sandice

Em espelhos d’alma tu me despisses

Rarefeito ar em solitária montanha

Abre-se o peito num versejar – nosso jeito

Amores transbordam em meu leito

E no silêncio tu dizes que só outrora -me ganhas

E desse silêncio, tão mansa veemência

D’onde os espelhos refletem calmaria

E dessa calma se clama com urgência

Mas também com ternura macia

Do afago do que vem na sequencia

A imensidão que em meu peito cabia

Tim Soares e Alice Alba
Enviado por Tim Soares em 09/12/2022
Código do texto: T7668157
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