CONTRA-TEMPO

No começo eram flores...
Um paraíso de todas as cores!
Passávamos a madrugar...
Enlouquecidos a nos amar!

Não havia o amanhecer...
Apenas dois corpos a desfalecer!
Do amar incansavelmente...
Se entregando exaustivamente!

De dois corpos uma luta...
Pois amar era nossa busca!
De uma paixão intensa...
Cada vez mais imensa!

Mas o tempo foi passando...
Algo de nós foi roubando!
Não sei onde nos perdemos...
Parece que esquecemos!

Nos vimos num vazio...
Totalmente frio!
O maior deserto...
E o mais incerto!

Foi um enorme desencontro...
Que veio ao nosso encontro!
O desgaste do tempo...
Foi o nosso contra-tempo!...

(Maysa)


AINDA HÁ TEMPO

O amor não acabou
Isso o tempo não apagou
As flores podem voltar
No nosso jardim desabrochar
E poderemos nos amar
De novo, até o sol raiar...
Precisamos lembrar
Da semente regar
Todos os dias, sem parar
Que acabou, você pensa
Mas a paixão ainda é imensa
Precisamos a lareira atear
Para o fogo crepitar
O tempo é cruel, bem sei
Mas saiba que o que hoje eu sei:
A felicidade se conquista
Não se acha em revistas
Voltaremos ao nosso encontro
Não podemos viver em confronto
Se o tempo é vilão
Não daremos permissão
De nos roubar o coração!...
(Malu Novo)
Maysa Barbedo
Enviado por Maysa Barbedo em 11/12/2007
Reeditado em 11/12/2007
Código do texto: T774068
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.