MISTÉRIOS DE NÓS DOIS

 

ENIGMA

 

Teus olhos, poços profundos de desejo

Olha-me, sei que me vê e me desvenda

Toda esta tormenta em que me vejo

para ti é transparência _ uma renda!

 

Faço amor contigo, sou desvairada

Vou sem pudor, louca, nem penso...

que de ti só tenho o instante, mais nada,

enquanto o amo com um fervor imenso.

 

É o que tenho: um toque, o coito, o gozo!

Da tua alma nem mesmo um vislumbre

Aceito o que me dá, nada peço, ou ouso.

 

Conheço-te o corpo, o mais é esfinge...

Teus segredos, tuas razões _ Nada sei!

Se sentes algo por mim, disfarça bem _ finge!

 

Elisa Salles

Direitos autorais reservados

x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x

x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x=x

...em tente me desvendar...

...melhor deixar assim,

gosto deste jeito de estar...

...contigo louca pra se entregar...

 

...sem nada exigir,

e inteira se doar...

...seu corpo sensual,

neste cio surreal...

 

...de fêmea felina,

de garras afiadas...

...que me rasga a roupa,

me faz amor como louca...

 

...que submissa quando quer,

se faz menina,

mas quando ama,

sabe o que quer...

 

...se entrega, me toma,

como teu homem, na vida e na cama...

...se faz amiga, companheira,

amante, ou simplesmente, mulher...

 

Bené Bené