Veracidade

dos prazeres que a vida oferece

- e são tantos, meu Deus, que quase me perco -

poemar é o que me apetece

poemar me retira de um cerco

vivia em cercanias, sufocado e sem razão

- mas nunca aceitei a redoma –

sempre soube que o poema

é a liberdade fluindo entre os dedos da mão

e por saber, voo pleno em atrevimento

com as asas compradas do tempo

em que os outros desconheciam

esta minha vontade veraz

acabei por descobrir que, sim, posso ser livre

sem amarras, sem grilhões

do poemar que a vida me deu

vez em quando até faço canções

.

Lena Ferreira/Marçal Filho

Rio/Minas em 29/01/2024

Marçal Filho e Lena Ferreira
Enviado por Marçal Filho em 04/02/2024
Reeditado em 04/02/2024
Código do texto: T7992132
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