LUAR TRAÇANTE DA FLORESTA NUA
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Floresta sombria que em minha mão se espalha
A lua cheia encoberta por nuvens
Deflagra noite cumprida e gélida que a neblina cobre
Troncos e folhas retorcidas e retos se entrelaçam
Formam uma imensa massa uivante que exala cheiro e cor
S >>>
Cheiro da relva silvestre no puro ar da intensa selva
Cheiro das flores campestres iluminadas pela vaga lua
Espalha seu brilho mágico e lógico em grande proporção
Em sementes nuas e cruas desfolhadas com o tempo
Enraízam florestas certeiras, extensas e ricas de natureza
C >>>
Os seres de sua fauna se ouriçam com sigela magia
Ecoam cantos e urros com tamanha maestria
Conclamam a enigmática e majestosa mãe natureza
Mãe das mães e dos pais pais
Dos macacos e dos racionais
Micro vidas em harmonia constante
Todos meio a floresta fria e exuberante
S >>>
Desafiante tão quanto proveitosa
Tão nobre e cheia de mistérios
Rico substrato contido até numa rosa
Ou em carnívora planta comendo insetos
Numa constante mudança
Em vários trajetos
Levando a seiva que alimenta
Substrato composto de vários elementos
C >>>
Fina camada cobre a folhagem
O tempo regulador impede a geada
Calor que vem das raízes propaga de uma a uma
Canta a coruja que acorda o uirapuru
Sente ela que já é hora no sono cair
A lua já ao longe com fundo já anilado
Despede-se da flora e fauna silvestre
Há de brilhar se anunciarem algum deserto ou geleira
E de trás dos montes sai o luminus solaris
S >>>
Ciclo de mudanças e equilíbrios
Mudanças de tempos e ações
Tão fina camada de encanto
Tão pura constante propagação
Forte, frágil se não protegida
Semente de esperança brote
Neste raiar do dia
Traga mais tarde a lua
E com ela toda magia.
Samy Carvalho | Caio Caxico