Uma história estranha... Verdadeira... Sonhadora.

Eu vou “copiar” uma história. A história de algo verdadeiro e estranho. É. Estranho. Ele, um cara, apenas. Ela era diferente, não era só uma moça. Ele era alegre, falante, feliz. Ou parecia ser. Ela; quieta, simples, com um ar intrigante. Ele tinha o olhar observador, atento, assim como ela gostava de perceber detalhes. O olhar deles se encontrou algumas vezes, poucas; muito poucas. E quando isso “aconteceu”, o mundo andou rápido dentro dela, mais rápido para ele. E depois parou, simplesmente porque ela o percebeu. Ele sorriu. Ela em meio a palavras, quase sempre ambíguas, ele direto, seco. Algumas frases, “não tiveram” resposta e ficaram soltas no ar. Soando como eco na cabeça dele. Algumas frases soaram alto demais para a delicadeza dela. Tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais. Às vezes não era necessário mais do que algumas horas ou alguns instantes sozinhos para uma lembrança surgir. Lembranças que tinham nomes. “Ele e Ela”. E o jeito dela? Exclusivo. Ele? Ele pensava nela com muita freqüência. Mal a conhecia. Sempre a observava. Ela também o observava, até sonhava às vezes. As coisas que ele não sabia sobre ela, ele não tinha certeza, mas imaginava, tentava entender. Engraçado: ele não criava muitas expectativas boas a seu respeito, mas preferiu acreditar no coração. Ela definitivamente não criava esperanças falsas, fantasias, mágica. Só às vezes. O que ele costumava pensar sobre ela era uma fantasia, um completo conto de fadas, um sonho. Mas era fácil pensar coisas cotidianas sobre ela. Coisas de uma mulher igual e ao mesmo tempo diferente. Delicada. Simples como as outras, porém exclusiva como ninguém. Ele jamais tivera conhecido alguém assim. E como as coisas pareciam ser diferentes, ele acreditou! Os sentimentos, os acontecimentos. Ele lia os textos dela e imaginava coisas, ligava histórias, fatos. Como refrãos de músicas que contam histórias (a imaginação tomou conta dele). Isso fazia bem a ele. Fazia. Ele relacionava a vida dele com a dela, de uma maneira “fantástica”, sonhadora. Músicas em comum, algumas não. Poemas, que podiam, perfeitamente, terem sido escritas por ela. Até isso ele fez. Ele gostou dela. Essa história não tem um final feliz. Ela não começou. Não passou de uma “vontade”. Mesmo assim ela ainda continua. Na cabeça dele. Continua a trazer lembranças. Essa história começou com ele tentando escrever algo diferente e acabou como a maioria das histórias. Com um final igual.

(Um autor muito bem conhecido e que solicitou licença para se apossar dos créditos, mas pediu para não ser identificado.)

PS. Essa história definitivamente não acabou com um final igual: ela está apenas começando! Agora na cabeça dela, como na dele, tudo faz tanto sentido, tudo é tão parecido... E se entrelaça, se completa, parece sonho o quanto tudo parece tão real.

Rúbia Mussi
Enviado por Rúbia Mussi em 30/03/2008
Reeditado em 22/04/2008
Código do texto: T922865
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