DESABAFO



Amigo, há muito tempo não lhe vejo,
Você esta feliz, graças à Deus!
Falando a verdade, eu só desejo,
Ter paz e muito amor nos dias meus.

Ela foi embora, estou tão triste,
Que não conheço mais o que é sorriso.
Pra mim a alegria não existe,
De um abraço amigo, eu preciso.

Amigo, uma coisa eu lhe peço,
Quero o calor do seu abraço.
O pranto rola agora em excesso,
Não sei, oh meu amigo, o que eu faço.

Amigo, ore por mim, estou sofrendo,
Vivendo em total desilusão.
Sinto o meu peito fenecendo,
Doendo o meu pobre coração.

Na minha vida não existe noite,
Nem chuva, sol, nem vento, nem manhã.
Em mim tudo tornou rude açoite,
Eu durmo à base de Diazepan.

Ela não voltou nem voltará,
Choro amigo, quase o dia inteiro!
O que posso agora esperar,
É o meu descanso derradeiro.



Eu te respondo amigo, que essa vida
Ensina-nos e às vezes surpreende
A dor é incurável da partida
Mas não desista! Lute! Quem entende

O coração que, de repente, muda?
E aquele sentimento de impotência
Buscando, então, resposta que n'iluda
Não adianta ter tanta ciência

Pois quem vai entender a mente humana?
Quem vai desvendar o coração?
Onde a razão habita e junto à insana...

Amigo, eis que o sol nasce novamente
Eu peço, por favor, agora, então,
Se levantar que vou contigo em frente.


Valério Márcio
Gonçalves reis
Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 08/04/2008
Reeditado em 08/04/2008
Código do texto: T935982
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