O Teatro de Ousadias

Sinopse
Olhou, puxou a linha e a velas se ergueram, fez um belo arremate com o que sobrou do cordão enrolando-o a boca da garrafa, uma ultima conferida e pronto, pôde colocar a rolha, erguer e contemplar o belo galeão dentro do vasilhame de um vinho barato. Batizou –o de Colombo. Aquele seu hobby de construir navios dentro de garrafas era antigo e aprimorava-se a cada dia. Colombo ficara divino, uma verdadeira obra de arte, ele colocou-o no móvel antigo da copa de modo que a proa ficasse voltada para o Norte, onde uma enorme porta de vidro revelava o mar azul que dourado ia ficando ao cair da tarde. Navegar, essa era a função de Colombo, preso dentro da garrafa, mas ainda assim livre para ganhar os mares da imaginação, mares místicos, onde sereias cantam para poetas, que perdidos, desorientados, deixam a deriva seus versos. Ele era mais que poeta era visionário, surrealista, um “non sense” contemporâneo, uma vida dividida em atos de um teatro de ousadias. Senhoras e Senhores, Bem vindos ao Teatro de Ousadias.
Autor:
Marcelo Moro
Formato:
pdf
Tamanho:
285 KB
Ano:
2010
Enviado por:
Marcelo Moro
Enviado em:
27/08/2010