DIVINAL FLOR*




Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!
Partilha de lágrimas, reserva de valores,
Desejo, sonho,convergência de pudores;
Alegria e glória na divinal semeadura...

O jardineiro verifica, do solo, a textura
Zelando o jardim, cuidando das flores
A divina era a melhor sem haver favores,
Era seu paraíso, contemplação e ternura...

O bem e o mal na hora do fraco e do forte.
Incita à luta, ele clama por fé, esperança;
O cultivador sabe, não pode haver falha...

Deve levar a virtude às raias da morte...
Na luta, ao cultivar a essência da aliança,

Perde-se a vida, ganha-se a batalha!

Ibernise.
Indiara (GO), 15.05.2008.
*Núcleo Temático Educativo.
 
Série Temática Soneto Inacabado, da Obra Dom Casmurro de Machado de Assis.
Direitos autorais reservados/Lei n. 9.610 de 19.02.1998.

Excerto do Poema Divinal Flor

Soneto: abba,abba,cde,cde, revelando  versão completa de Ibernise para o soneto inacabado “escrito” pelo inesquecível personagem Bentinho a Capitu, da obra “Dom Casmurro” de Machado de Assis. O Soneto inacabado apresenta apenas dois versos o primeiro e o último. 

O romance publicado em 1899, é considerado pela escritora americana Helen Caldwell, o Otelo Brasileiro. Este  soneto faz parte do livro da litteris Editora 'Um Soneto Para Machado de Assis', com participação de aproximadamente 184 escritores(as) selecionados entre 1.388.Lançamento novembro/2008.