Triunfo sobre o medo e as preocupações

Os seres humanos estão sempre buscando segurança, em todos os segmentos da vida. Segurança em relação às finanças, à saúde, aos relacionamentos afetivos, à própria vida. No entanto, a maior certeza que se pode ter é que a insegurança é a realidade mais absoluta neste mundo.

Desta forma, todos andam preocupados, cultivando medos de toda ordem. Apreensões quanto ao futuro, a um provável desemprego, à ruptura de um relacionamento afetivo, ao surgimento de alguma doença fatal. A desesperança instala-se no espírito humano, gerando uma sensação de ansiedade constante.

Como, então, podemos triunfar sobre os medos e as preocupações? A seguir, algumas considerações que podem ajudar neste sentido:

· Cultivar a serenidade. É preciso manter um espírito sereno em todas as circunstâncias da vida. A aflição e a ansiedade devem ser afastadas para permitir lucidez e objetividade em nossa mente.

· Desenvolver a confiança e a fé. O acréscimo de confiança em nós mesmos, em nossa capacidade de vencer os desafios, é uma medida adequada. Mas isso não é suficiente. É preciso também alimentar a fé em uma Realidade Superior. Assim será possível obter a inspiração judiciosa para resolver as questões que se apresentam.

· Agir com objetividade. Precisamos raciocinar de forma límpida e objetiva. Desta forma poderemos analisar as causas e os efeitos e trilhar caminhos que levem a planos lógicos e bem estruturados.

· Afastar os pensamentos negativos. Apesar de tudo, devemos cultivar o otimismo. Não devemos permitir que coisas insignificantes perturbem a paz de espírito. Ao contrário, devemos ocupar a mente com assuntos de real valor.

· Empregar a lei das probabilidades. Indagar a si mesmo: “Quais as reais possibilidades que isto venha a acontecer?” E, caso realmente acontecer, agir de acordo com a situação.

· Conformar-se com a realidade. Um provérbio antigo aconselha: “O que não tem remédio, remediado está.” Neste sentido, quando algo se encontra além de nossa vontade ou capacidade, de modo que não possa ser modificado ou corrigido, é preciso conformar-se com a situação.

· Ocupar-se no tempo certo. A pré-ocupação é a ocupação antecipada, quando nada pode ser realizado. E muitas vezes preocupamo-nos com fatos que talvez nem chegam a ocorrer. Por isso, devemos prever as realidades futuras, tomar as medidas necessárias e agir no tempo adequado.

· Saber diferenciar entre “interesse” e “preocupação”. Interessar-se significa procurar compreender a questão, sob todos os ângulos, e agir de forma eficaz, tomando, em tempo hábil, as medidas necessárias para resolvê-la. Por sua vez, preocupar-se significa ocupar-se antes do tempo, perturbar-se, afligir-se, dar voltas em círculos, e, afinal, nada resolver, pois uma mente desgastada nada pode fazer de concreto.

· Compartilhar as dúvidas e apreensões. Consultar pessoas experientes, ou apenas falar a respeito de assuntos que nos causam ansiedade, são alternativas aconselhadas. As outras pessoas, não envolvidas emocionalmente, podem auxiliar de forma eficaz na solução de muitas questões que nós próprios não conseguimos. E, por sua vez, apenas falar a pessoas de nossa confiança sobre questões aflitivas, por si só, pode aliviar nossa ansiedade, clarear nosso espírito, e, assim, as soluções podem surgir espontaneamente.

· Controlar a imaginação. A maior parte dos medos e preocupações é fruto da imaginação. Assim, devemos pensar com objetividade, não nos permitindo influenciar com idéias pessimistas. Não podemos, de forma alguma, adotar medos, crenças e superstições dos outros. Nossos próprios medos devem ser compreendidos e dominados. Por sua vez, as fobias precisam ser tratadas com a ajuda de profissionais competentes.

· Manter um espírito filosófico. A verdadeira compreensão sobre certos acontecimentos, aparentemente terríveis e catastróficos, ajuda-nos a suportá-los sem aflição. Devemos compreender que tudo passa, que os efeitos dos problemas tendem a desaparecer logo. Na realidade, as pessoas não são tanto atingidas pelo que acontece, mas pelo modo como reagem ao que acontece. E isto pode ser controlado.

Ramiro Sápiras
Enviado por Ramiro Sápiras em 16/02/2006
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