HAIKAI à tunisiana
SEDE
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estou a morrer de sede
basta um rio rico em chocolate
para correr de Carthage à Rio de Janeiro
Presença
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Senta-te nesta cadeira
e espera..
a borboleta não vai tardar.
Primavera
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ela olha-se no espelho
o rouxinol,
foi ele que compôs a primavera.
confusão
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está a chover
não há ninguém
a quem é que me devo dirigir?
Absurdo
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há alguma coisa de esquisito:
já não vejo ma Natureza Morta.
eu sou,sem dúvida, abstrato!
Alma ou senha
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fofa
intraduzivel
e fora de série
a alma de poeta ainda não está a dormir
(telefono-te esta noite?)
Caneta de feltro
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colado frente à ponte
o passageiro clandestino perde, de passagem,a fonte
adeus infância!
adeus inocência!
é agora ou nunca!
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ele sentiu um medo terrível
está na hora de voar
longe disso.
Tunisia:26/02/2006