Vídeo Humor Brasil

Vídeo Humor Brasil

Armstrong

Em tempos de Internet e uso maciço de controle remoto, os que têm tempo para assistir a algum dos programas exibidos por emissoras das grandes redes de TV aberta do Brasil, com raras exceções, não conseguem ser fiéis expectadores por muito tempo. Vários motivos podem contribuir para esse fato, mas a qualidade desses programas e a passividade dos que estão do outro lado da telinha podem ser responsáveis por boa parcela de culpa. A cada ano novos programas são criados com a esperança de despertar o interesse do telespectador e logo são substituídos por outros que também não decolam. É preciso, portanto, que se criem programas que despertem o interesse e que possibilitem uma maior participação do telespectador. A ideia de se ter um programa interativo como o Vídeo Humor Brasil, por certo, é um exemplo que pode revolucionar a TV brasileira.

Imagina-se que o programa Vídeo Humor Brasil (VHB) exiba semanalmente as seis/oito/dez melhores produções humorísticas, de duração em torno de dez/oito/cinco minutos, selecionadas a partir das produções feitas por pessoas e/ou empresas de todas as cidades brasileiras. Como irá se exigir qualidade nessas produções, o programa VHB deveria ter suas regras de produção e de participação previamente aprovadas e divulgadas pela emissora exibidora. Como exemplo, cada produção deveria ter uma breve apresentação com indicação de seu diretor, artistas participantes, cidade onde foi feita, data de gravação, etc.

As produções seriam inicialmente apresentadas às emissoras afiliadas das grandes redes de TV nos estados, para verificação do cumprimento das regras estabelecidas para a formatação do programa. Em seguida, as produções seriam enviadas para a direção nacional da rede de televisão, a qual, após uma avaliação da qualidade, decidiria o momento exato de sua inserção no VHB.

Após cada produção apresentada no VHB, o telespectador poderia votar por telefone, no tempo exato de cinco minutos e por um custo de uma ligação local, no quadro que achasse que merecesse sua aprovação. Ao final de todas as apresentações de um programa, seria divulgado o resultado das votações, com os prêmios em dinheiro que cada produção seria merecedora, bastando fazer um rateio de um percentual do que fosse arrecadado com a votação. A produção vencedora de cada apresentação do VHB ficaria classificada para uma disputa anual onde seriam exibidas, novamente, todas as produções classificadas durante o ano.

Dependendo da quantidade de recursos que fosse arrecadada em cada apresentação do VHB, poder-se-ia também premiar uma escola ou uma organização não governamental indicada pelo programa vencedor.

No final de cada ano se escolheriam as doze melhores produções que fariam parte de um DVD para venda, cujos direitos autorais poderiam ser divididos entre a emissora produtora e os próprios produtores.

Assim, poder-se-ia ter a certeza, que cada programa do Vídeo Humor Brasil seria aguardado com muita ansiedade pelos telespectadores, que saberiam que em cada apresentação do programa sempre seriam premiados com algo novo, resultado da criatividade e da busca pela perfeição das produções, que cresceria com as premiações que fossem sendo obtidas.

Para os premiados produtores de vídeos, o VHB poderia ser uma grande porta de entrada para uma carreira cinematográfica, haja vista que os prêmios possibilitariam a aquisição de material que lhes permitissem alçar novos vôos.

Ao longo do tempo, com a experiência que se poderia acumular poder-se-ia pensar em novos formatos de programas semelhantes ao Vídeo Humor Brasil que possibilitassem avanços em outras áreas. Como bem nos disse o grande cantor e compositor de nosso tempo Roberto Carlos: “É Preciso Saber Viver”. Pouco custa tentar construir essa fábrica de riso.