APERTEMOS O CINTO... O DINHEIRO SUMIU!

A atual confusão no mundo financeiro me leva à percepção de alguns comportamentos que estimulam o meu presente ensaio.

Entramos numa onda de pânico mundial.

Mas embora mundial, o tal desespero está longe de ser global.

A impressão que tenho é que o planeta se divide NITIDAMENTE em tres partes:

Uma, a maior delas, dos que sequer sabem o que são aplicações financeiras, economia globalizada e bolsa de valores; uma segunda parte composta por quem "toca' o mundo capitalista, ou seja, pelos que produzem a força que gera capital, e uma terceira parte, uma pequena minoria que o desfruta e administra através de polítcas nem um pouco voltadas para o social, embora se divulgue que sim,aonde a especulação desenfreada e a ganância desmedida, desvinculada da produção leva, no momento, o mundo À BEIRA DA FALÊNCIA.

A maior delas, a falência ética e moral.

Mas a minha pergunta é: Aonde queremos chegar? Até quando o sistema econômico caminhará salutar, viável, com uma pequena fração da humanidade apenas a estimular o consumo em rítimo psicótico, a tirar proveito da especulação do trabalho alheio, gerando a baita injustiça social-globalizada!, com assustadora concentração de renda nos países mais ricos?

O que vemos pelo mundo é um consumismo doentio, um desperdício assustador de tudo, a perda total de valores que cultivam de verdade o bem estar social, e agora esta correria toda, aos meus olhos ridícula, por parte do mundo que se desepera em perder o status de detentores do dinheiro... do mundo.

Pelo dinheiro globalizado as grandes nações se dão a mão rapidinho.

Que horror!

Tomara os líderes se dessem as mãos pela paz globalizada, isso sim,, aquela que deveria independer das divisas étnicas religiosas e financeiras!

Tudo virtual! Dinheiro virtual, para políticas virtuais, para vidas virtuais... de seres também virtuais.

A uma grande parte da população, nada acontece. Sequer têm a consciência de que a miséria apenas se manterá, porque falar em piorar certas misérias seria mais que redundar num pleonasmo social.

A conta, já sabemos, é paga por quem trabalha e quita seus impostos.

E aos especuladores e senhores do mundo,só lhes resta rezar para que a bolsa se normalize, e tudo continue como sempre foi, o eterno paraíso de se especular ancorado na força do outro mais fraco.

Papo de socialista? Talvez, mas daquele que preza -de verdade -a condição de diginidade e MENOR desigualdade, ao menos entre os homens de boa vontade...

Acho que está mais que na hora de pararmos para refletir.

Um caos, seja ele qual for, nunca é obra do acaso. Newton provou cientificamente a atuação das forças.

A crise financeira tem causas e objetivos mais holísticos, e suas explicações são mais transcendentais, está muito além das bolsas de valores.

Castigo? Quem sabe.Talvez um dilúvio moderno...para chamar a humanidade à consciência da sua atual caminhada.

A meu ver, primórdios da falência dum sistema que parece não mais se aguentar.

Ou olhamos para o lado para nos enxergar, ou viraremos pedras de gelo, condenados à sucumbência pelo superaquecimento global.

Mais me parece finais dos tempos.