Rosa de Oxalá

Rosa De Oxalá

Nas bandas do Pelourinho em letreiro multicor

na Ladeira do Taboão,

fica a Tenda dos Milagres,

ouça o som dos atabaques

avisa pro povo que hoje tem função;

vai haver samba de roda,

capoeira, afoxé e

dança a Rosa de Oxalá,

com entidades de alegria,

trazendo da velha Bahia

a sua cultura e a sua magia.

Eparrei, Mãe Iansã, Eparrei!

Ogunhê, Meu Pai Ogum, Ogunhê!

Saravá nação Nagô, Gege, Cabinda o quê?

Saravá grande Olorum.

Pedro Arcanjo Ojuobá,

olhos vivos de Xangô

e Mestre Lídio, seu Compadre o riscador

deram vez à liberdade

fundando a Universidade

da cultura popular...

com Magé Bassã, Odoiá!

Odoiá, Odoiá. Hô Iá Magé Bassã

E aqui vai um recadinho.

aos "Nilo Argolos" da vida atual:

sintam no peito que dói um pouquinho,

quando passa a mulata sensacional.

E se um bam-bam-bam da ciência

adoece a cabeça, o corpo ou o pé

pensam logo: é batuque, é feitiço,

é mandinga, é kizumba

e se vão ligeirinho curar no candomblé.

Isto tudo é conseqüência da miscigenação;

é a cultura antiga do povo africano, enraizada

nas entranhas da nossa nação. Odoiá!

Odoiá, Odoiá. Hô Iá Magé Bassã

(Baseado do Texto Original de Jorge Amado)

por: Ataulso Verissimo

Ataulso Verissimo
Enviado por Ataulso Verissimo em 26/10/2008
Reeditado em 26/01/2009
Código do texto: T1248584
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.