Rosa de Oxalá
Rosa De Oxalá
Nas bandas do Pelourinho em letreiro multicor
na Ladeira do Taboão,
fica a Tenda dos Milagres,
ouça o som dos atabaques
avisa pro povo que hoje tem função;
vai haver samba de roda,
capoeira, afoxé e
dança a Rosa de Oxalá,
com entidades de alegria,
trazendo da velha Bahia
a sua cultura e a sua magia.
Eparrei, Mãe Iansã, Eparrei!
Ogunhê, Meu Pai Ogum, Ogunhê!
Saravá nação Nagô, Gege, Cabinda o quê?
Saravá grande Olorum.
Pedro Arcanjo Ojuobá,
olhos vivos de Xangô
e Mestre Lídio, seu Compadre o riscador
deram vez à liberdade
fundando a Universidade
da cultura popular...
com Magé Bassã, Odoiá!
Odoiá, Odoiá. Hô Iá Magé Bassã
E aqui vai um recadinho.
aos "Nilo Argolos" da vida atual:
sintam no peito que dói um pouquinho,
quando passa a mulata sensacional.
E se um bam-bam-bam da ciência
adoece a cabeça, o corpo ou o pé
pensam logo: é batuque, é feitiço,
é mandinga, é kizumba
e se vão ligeirinho curar no candomblé.
Isto tudo é conseqüência da miscigenação;
é a cultura antiga do povo africano, enraizada
nas entranhas da nossa nação. Odoiá!
Odoiá, Odoiá. Hô Iá Magé Bassã
(Baseado do Texto Original de Jorge Amado)
por: Ataulso Verissimo