IANELLI O ARCÂNGELO DA PINTURA PAULISTA E BRASILEIRA

Pintor Brasileiro nascido em São Paulo no ano de 1922 e seus pais faziam parte da Colônia Italiana que veio para o Brasil no começo do século XX, oriundos do Sul Da Itália.

Desde os primeiros anos, o menino relacionou-se com o Desenho da mesma forma com que aprendeu a andar ou segurar talheres.

Era uma precocidade ligada à alma do garoto, aliás, diga-se de passagem que não precisava ser ensinado, mas que brotava espontaneamente de suas mãos os traços, as apreciações e todas as delineações do Pincel ou Lápis.

E se a Escola muito o ajudou dando lhe preparo para enfrentar a vida no Desenho os Professores pouco puderam fazer por ele, pois a Arte já a trazia consigo e seu desenvolvimento dava-se mais pela intuição que pelos estudos.

Bem que tentou levar avante o aprendizado pelo método convencional matriculando-se em 1940, na Escola paulista de Belas Artes, que tinha entre seus professores grandes Mestres da Pintura em São Paulo.

Mas a Escola era um fardo pesado violentando seu temperamento, e em 1942, prosseguiu no Estudo da Pintura Livre visitando regularmente o Atelier de Colete Pujol, Professora da mesma instituição.

E quando esta viajou para a Bahia em busca de novos subsídios para a sua Arte Ianelli passou a freqüentar o atelier de Waldemar Da Costa Mestre Do Liceu de Artes e Ofícios, que tinha nesse caso outra Aluna aplicada, Maria Leontina.

O autodidatismo tornou-se, pois o caminho natural por onde escoava a Arte de Ianelli que lhe exalava da alma e que ele transpunha para a tela a simplicidade de uma criança a brincar com pincéis e tintas.

Obviamente, havia sério compromisso com a Técnica, mas esta era assimilada pela observação, jamais absorvida por fórmulas pré-estabelecidas.

Se isto lhe atrasava o percurso, nem por isso seu caminho era travado. Cada etapa demorava mais a se firmar, mas sua Arte, porém contava com uma grande beleza sincera que tangia seu diferencial diante de outros artistas plásticos da época.

Em busca do Geometrismo em 1960 Ianelli mudou seu estilo abertamente figurativo para se juntar a um estilo mais abstrato, embora apresentasse até o momento avanços significativos na dádiva figurativa ele não logrou experimentar estilos mais em voga na Arte e que eram praticados por aqueles artistas incluídos em sua roda de amigos.

Na década de 60, vagarosamente, direcionou-se com firmeza uma evolução em seus trabalhos não que os anteriores não merecessem préstimo, louvor ou boas perspectivas, mas as figuras apesar de serem visíveis começavam em relação ao contexto da Arte na época perdiam sua forma, aos poucos as linhas e as formas geométricas passaram a dominar por completo os quadros de Ianelli.

Organizava suas obras em séries, numa evolução coerente em que um quadro deixava o mote para a Pintura do Seguinte e cada série se encadeava harmoniosamente com a Série que vinha substituir.

Tudo isso sem bloquear a intuição do observador externo, conforme ele próprio declarou:

“O quadro deve falar apenas por si, sem necessidade de dissertações. Deve transmitir algo às pessoas sensíveis, somente pelo conteúdo pictórico. Nunca com a finalidade de” Contar uma História, revelar estados psíquicos”, etc. Devemos deixar esse problema aos literatos, que se expressam muito melhor em seus livros. Um Pintor deve ter em mente realizar, antes de mais nada, pintura.”

Exposto ao mundo ele até hoje está em contínua expressão, Arcângelo Ianelli já tem em seus registros quase uma centena e meia de participações em exposições individuais e coletivas alem das retrospectivas que auxiliam bastante para se entender cada fase do artista em sua trajetória biográfica, ou melhor, profissional.

Várias vezes premiado seus quadros percorreram o mundo, visitando países americanos, como o Equador, México, Peru, estiveram também nos principais centros da Cultua Européia nata de muitas correntes, grupos e outras sortes de grandes intelectos-críticos sobre Arte entre tais países estão Itália, França, Alemanha e Inglaterra isso sem citar pequenas “Periferias Européias no Assunto”.

Paulistano por convicção elegeu São Paulo Cidade Natal, como o lugar onde passaria sua vida e desenvolveria sua arte.

Nela continua trabalhando com o aprimoramento de todo os seus trabalhos talvez por isso seja tão bem recebido quanto a modos novos de fazer Arte e se Expressar.

Instalou em São Paulo o seu próprio Atelier e nesse atelier trabalha com desenvoltura e com a mesma organização adotada desde o princípio da Carreira.

Sua Arte para ser resumida só precisa ser dita a seguinte assertiva:

-É um curso ordenado de quadros que denotam uma constante evolução cujo o limite é o próprio infinito!

Edemilson Reis
Enviado por Edemilson Reis em 01/04/2006
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