Quem tem olhos para ver

Entre um vagão e outro eu podia ver a realidade de uma capital que tinha muito que desenvolver por mais que me impressionasse toda a tecnologia daqueles sistemas de transportes rápidos, impressionantes para uma interiorana.

A desigualdade estava estampada e sem vergonha para quem quisesse vê-la, há quem preferia fechar os olhos durante a viagem e não ver nada disso que vos conto, porém eu estava lá de olhos atentos e analisando tudo bem de perto.

Tantas vidas vindas de diferentes localidades estavam num único vagão, porém, poucas mantinham diálogo umas com as outras, algumas até pareciam esquecer da existência do ser humano da poltrona ao lado.

Daniela Rubi
Enviado por Daniela Rubi em 04/04/2006
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