AMOR ANTIGO...

Quero aqui, informalmente, redigir um ensaio sobre a minha querida Maringá. Pretendo me dirigir a quem não a conhece, para que tenha uma idéia de quanto é bela, florida, arejada, planejada, moderna, singular. Quem a conhece sabe muito bem do que estou falando.
Poderia falar de estatísticas, dados, números. Mas não. Eu falo de Maringá com o coração. E o coração só aceita a linguagem da emoção. Falo de Maringá com a intimidade de quem com ela convive desde a primeira infância.
Aqui fixei as minhas raízes. Aqui é meu chão. Disse isso de forma muito clara nesse texto postado aqui, no Recanto das Letras:

“Por uma semana te deixei. Paixão antiga, dessas que se sentem na pele. Andei por outras ruas, outras paisagens, tão lindas quanto...
Mas faltava a nossa intimidade, a nossa cumplicidade, o nosso cotidiano em comum. Aqui é meu chão. Aqui, ando de pés descalços e de olhos fechados. E nem assim me perco. E se me perco, logo me vejo na tua paisagem, nos ipês, nas grevíleas, nas sibipirunas, no topo da Catedral, visto de longe... no verde de tuas árvores, na alegria do teu povo, no teu ar de verão eterno...
Cheguei... e sempre que chego depois de um tempo fora, mais forte é a minha convicção de que aqui é meu chão. Crescemos juntas, vivemos nossa meninice, nossa adolescência, nossa mocidade, até virarmos "senhoras".
Tempo o suficiente para criarmos raízes. Posso afastar-me de ti, temporariamente, mas só volto a me encontrar quando chego e te vejo, qual porto seguro, a me acolher, me encantar... Por tudo isso,
só posso dizer: te amo, Maringá!” (Publicado no Recanto das Letras em 09/06/2007 Código do texto: T519530).

E é amor antigo, desses para a vida toda. Interessante que Maringá contagia. Quem vem de fora se apaixona ao primeiro contato. Tem um quê de diferente. Alguns dizem que ela tem a tranqüilidade e a segurança de uma cidade do interior, mas ao mesmo tempo consegue aliar a isso, o conforto e a modernidade de uma cidade grande.
Poderia elencar uma série de motivos para amar Maringá (como se isso fosse preciso), mas vamos lá: 1. É a terceira maior cidade do Paraná; 2. É uma cidade planejada; 3. Destaca-se pela qualidade de vida; 4. Tem o 10º monumento do mundo em altura; 5. É uma das mais arborizadas do país; 6. É pólo de toda uma região; 7. Tem um clima delicioso; 8. Tem uma história linda; 9. Destaca-se no setor de comércio e prestação de serviços; 10. É pólo da moda no sul do país, contando com o maior shopping atacadista da América Latina; 11. É conhecida como “Cidade Canção”; 12. Tem o maior festival de música do sul do país; 13. Tem uma das maiores feiras agropecuárias do Brasil; 14. É a cidade de Celso Portiolli, Natalia Falavigna, Sonia Braga e Fernanda Machado, entre outros “filhos” ilustres. Além de tudo isso, é a “minha” cidade. Quer mais?
Maringá é meu chamego. Nem pensem em falar mal dela perto de mim. “Rodo a baiana” ou melhor, a paranaense mesmo. Saio em defesa da minha terra. Desse pedaço de chão eu entendo, porque nesse barro eu fui moldada.
Filha de pioneiros, vi a cidade crescer. Ouço desde pequena a sua história. Nos meus “devaneios” de poeta, muitas vezes me imaginei a própria Maria do Ingá. Aquela cabocla bonita do interior da Paraíba, cuja seca a fez afastar-se de seu amor. Imagino que não tenha sido difícil para Jouberth de Carvalho compor a canção que, mais tarde, viria a ser o nome dessa encantadora cidade.
Maringá não poderia ter tido origem mais linda! Nascer de uma canção, fruto da inspiração de um poeta e ainda baseada numa romântica história de amor. Tem coisa mais linda do que isso?
Tem sim. E se chama Maringá...



 (Foto de Maringá - destaque para a Catedral Basílica Nossa Senhora da Glória)