Madrugada

É madrugada e meu espírito ainda antenado funciona aceleradamente.

Deseja ardentemente se expressar, em manifesto informal.

Ah! Assola-me a saudade intermitente

Teu vulto é a lembrança que me alcança num anseio desigual

Qual... Resta-me apenas ir displicente buscar abrigo em meu leito, que me espera para o bem ou para o mal!

É madrugada. À noite já em despedida, deixa seu perfume embriagando-me de desejos que não se expressam, e que em sonhos rondarão meu pensamento, causando-me desassossego.

É madrugada, já não me resta mais nada a não ser adormecer. Deixo que escorram os sentimentos de apego, que esgote toda ânsia do querer. Meu coração perde a noção de que é cedo, muito cedo!

Covarde, mergulha, busca o sono profundo, porque sente medo.

Medo de dormir e não sonhar. De sonhar e despertar...sem que tenha podido te encontrar!

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 29/04/2005
Código do texto: T13755