Partidos Políticos
Enquanto estrutura importante na vida política da maioria dos países, os partidos políticos têm um certo número de funções, que incluem:
agregar os interesses dos diversos grupos na sociedade e articular as suas exigên-cias, embora as suas exigências nem sempre reflictam as do público, que pode acabar por ser enganado no [decurso do] processo;
contribuir para a estabilidade e paz internas, ao permitir a vários grupos que participem no processo político de modo ordeiro e previsível;
desempenhar um papel importante na selecção, treino, preparação e promoção de políticos generalistas;
servir de elo entre os processos de tomada de decisões e o público;
proporcionar um meio ordeiro para as transferências legítimas de poder; e
servir como instrumento de socialização, mobilização, angariação de apoio, integração social e política, e como portadores e disseminadores de uma cultura política pacífica e participativa.
Todavia, nas democracias emergentes e nos países em transição, os partidos políticos, que são primordiais na estruturação e orientação, podem, de facto, retardar os processos de mobilização e de integração.
Também é certo que os partidos políticos podem adquirir um controle significativo e essencialmente não-democrático sobre a vida pública e o poder político, actuando como uma órgão estatal e degenerando em oligarquias auto-perpetuantes. Os esforços para evitar esta situação têm chegado ao ponto de conferir poderes à Comissão Eleitoral oficial, quer para presidir a eleições livres e justas no seio dos congressos dos partidos , quer para separar entre funções de um partido político e funções de governo, numa tentativa para evitar uma fusão administrativa.