Estilo do poeta

Estilo do poeta

Nada existe que possa alterar meu estilo, estilo de poeta, estilo de Ser! Tal qual a natureza se reveza em estações, o interior do ser humano transforma-se em ciclos próprios e requintados.

Eis que o poeta é porta voz da sutileza da alma, mensageiro de emoções tão peculiares e, no entanto, tão universais. Há em cada alma a ambigüidade do singular e do coletivo, compondo o mistério da totalidade que se manifesta no individual...

Assim como o mar e a onda se interpenetram, e o sol e a lua se alternam, assim o estilo do poeta parece transitar em sua existência de tal sorte, que o faz um ser completo em sua incompletude.

Único em toda sua expressão. Sua poesia é mais que um mero texto, ou um condensado de idéias harmoniosas. É, em verdade, a essência da beleza, matéria prima intuitivamente pura que se reveste na materialidade, oportunizando forma ao amor.

Dizer do poeta algo mais é arriscar-se a formatar um andróide cultural que perdido em mundos inexplicáveis, porém não inexistentes, vive perambulando em busca de expressão. E ai dele se não permite que se externe a emoção! Há de inquietar-se inutilmente, negando aflitivamente a legitimidade da ilusão.

Assumo a condição de poeta cujo estilo é a própria liberdade, pulsando como louca no peito, escorrendo alucinada pelas idéias que jorram em meu coração.

Poeta é pura sensibilidade que atravessa a eternidade, movido pela força da paixão.

Priscila de Loureiro Coelho

Consultora de Desenvolvimento de Pessoas

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 10/01/2005
Código do texto: T1398