Outra vez; principiar.

A ternura achou a ‘saudade’ acompanhada da solidão, agrupou a dúvida, e com certeza, trancou e jogou fora à chave desse conto em fantasia,

Porque a amabilidade de fato existe, e por terem afinal se encontrado, ficou evidente que o apego ausentou-se por muito mais que um só dia,

E no transcursar desse período de expressões entusiasmadas, de embustes impudicos, a nostalgia firmou-se como um sofrer ainda não transposto,

Mil missivas permutadas num abandonar recente assessorando a ver o amanhã com estrelas vivazes, o sol refletido nas paredes, no espectro do desgosto,

Lá estão guardados olhares mendicantes, aglomerados junto a embolorados vocábulos arrecadados, acumulados num punhado de utopia,

A saudade escolta a penumbra, longe das sombras confortantes, diferentes das flores perfumadas, amplexos sem uso, costumes ou mania,

Lá também permanecem esquecidos os ósculos, que desvanecem em dias de inverno, espremidos nos cantinhos para competir com as aspirações de pesares da infância,

Versos ditos com singeleza revelando afeição, inovações arquivadas em gavetas e estantes, trancadas nos moldes da ‘ignorância’,

Saudade é a atmosfera dos que submergem, é a veleidade dos que continuam a ser excluídos, é, (na urna dos que persistem), o paladar de existência,

Atlânticos recortes multicores, lágrimas combinadas em frascos pequenos e dourados arremessadas contra a brisa fomentando uma vivencia,

Entretanto, a ‘saudade’ se desfaz diante da lembrança de um sorriso inspirador, franco, encantador, revelando de sua essência, o tópico das maiores alegrias,

Resgatado de uma caixa de lembranças em um arranjo cogente, para indicar de que nuance é o arco-celeste, aromatizado na acepção de pulcras alegorias,

É, de fato, a ternura contínua ‘viva’, por fim foi redescoberta, com a constatação que a ‘amor’ retirou-se por pouco mais que um só segundo,

A bondade deparou-se com a ‘saudade’ escoltada pela exultação, aliou-se a confiança, abriu o cofre das realizações da máquina de ilusões que faz girar o mundo!

Amaro Larroza.

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 24/01/2009
Reeditado em 25/01/2009
Código do texto: T1402616
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