Meiguice assinalada.
Sei que sou o unívoco do contra-senso,
Porquanto vivo de entusiasmo e declaro o que penso,
Desejo e consinto-me o deleite de adorar,
Existo e descubro-me nesta cobiça de amar,
Um homem que oscula, na medida que se deixa beijar,
Que admira e se permite apaixonar,
Sou um tudo na compleição das ausências,
Sou o cativo em alvas na contraposição as carências,
Sou esta incoerência na ambigüidade aninhada,
Vivendo os ardores da silente madrugada,
E por oferecer carinhos inumeráveis numa troca de anseio,
Acordar em amplexos resguardados, dividir a solidão ao meio,
Sei que sou a antonímia numa nota sem herança,
Uma vez que assumo o afeto nesta verossimilhança,
Sou este tudo na análise das omissões,
O prisioneiro dos dias confusos nestas acomodações,
E mesmo que não seja destarte declarada,
Em meiguices minutada...
É essa a minha volição,...
Reverenciando sucessivamente o amor sem nenhuma restrição!
Amaro Larroza.