Eu estou filosofia, estou eu, estou minha!

A (ousía) tu não és minha, tu não és de ninguém. Estás em toda parte. Todos te manifestam querer, sem de fato entender quem tu és! Sem saber o teu verdadeiro significado!

“A possibilidade do erro imóvel é o mundo das idéias. Não custa imaginar que uma coisa possa morrer. Mas é raro perceber que quando uma coisa morre, outra nela permanece, no movimento da memória – algo fica – em seu percurso temporal”. (*)

Todos nós criamos expectativas, em todos os aspectos da vida, do menor ao maior grau. Por exemplo, no amor. A expectativa tá lá, ela vai junto, querendo empurar o barco, querendo "direcionar" o caminho das águas. Seja como for, em graus, ele nasce pra morrer quando não é!

Faz sentido? Não faz? Talvez?

Essência? Pra que? Quero-te em mim? Pra mim!

Por necessidade de ser? Não? Sim? Talvez? Por quê?

“A essência significa a certeza da sempre-verdade”. Mas ela é temporal, como acreditar em sua existência, inexistente, é, portanto? (*)

Pensamento é louco? Não!

Nascemos com Ele. Pra que Ele nos movimente, pra movimentá-lo em nós!

Percebê-lo, indagá-lo! Pra comunicarmos com Ele. Pra comunicarmos ao mundo exterior sua existência, sua essência!

“Para ela (a ousía) somente o “é” convém segundo a palavra verdadeira. O “era” e o “será” convém ser dito ao vir a ser andante no tempo... O que é que sempre é, que não tem vir a ser; e o que vem a ser sempre e que não é jamais? O primeiro sempre pode ser compreendido (amarrado em toda sua extensão) pela palavra (lógos) desde si mesma. O outro é resultado da opinião, porque ele nasce e morre, mas realmente não é”. (citação *)

Quero ser louca, incomum, quero ser!

Não quero ser a mesma coisa sempre!

Não quero ser só substância!

Quero significado – essência, solta, Ser!

Quero não ser o mesmo, sendo eu mesma!

Eu quero!

Ousía: é um substantivo da Língua grega formado a partir do feminino do particípio presente do ver "ser", einai. É por vezes traduzida para português como substância ou essência. É termo utilizado em Filosofia e em Teologia.

Martin Heidegger, defendeu que o significado original da palavra, se perdeu na sua tradução para o Latim. Para este autor, significava "Ser" e não "substância".

Lógos: palavra grega que significa palavra e razão;

o princípio da inteligibilidade

CHAUI, Marilena, Convite à Filosofia, Ed. Ática, São Paulo, 2000

BEUQUE, Guy Van, Experiência do Nada como Princípio do Mundo, Mauad, 2004 (*)

HEIDEGGER, Martin, Ser e tempo, 5.ª Edição, Petrópolis, Vozes, 1998

Cássia Nascimento
Enviado por Cássia Nascimento em 06/02/2009
Reeditado em 06/02/2009
Código do texto: T1424899