Uma gema, um broto, ... dois “‘olhos’”.

Acepções diversas entre conclusões inúmeras para definir a transparência da córnea ou a convergência do cristalino,

Da Íris, parte circular que dá a cor, a retina com cones e bastonetes, lentes convergentes ou divergentes, que aguçam a visão e o tino,

Exteroceptores obtemperando a incitações exteriores, continuamente trazidas de fora da própria estrutura.

Esferas alojadas na cavidade batizada de órbita, analistas das cores, dos desenhos, dos contornos, da candura,

Acessos do sentido essencial, função que propicia o relacionamento com o ambiente, excitação em impulsos elétricos ou nervosos,

Receptores especializados, contribuindo para a sobrevivência e integração, capazes de captar estímulos ansiosos,

Entretanto, são bem mais complexos do que isto, são capazes de compartilhar os momentos, analisar as exultações ou tristezas.

Ambições que se cobiçam, toques que se experimentam, (sem rodeio ou hipocrisia), silêncio que se rompe no fitar sutilezas,

Não se ocultam um por trás do outro, se encontram a cada segundo no sonhar que agita cada pensamento,

Desfazem os golpes aceitos pelo tempo, envoltos no desvario do vôo difundido, perpetrando o ardor do sentimento,

Porém, são muito mais do que estas simples definições, são as janelas por onde se pode chegar ao âmago das almas que se calam,

Ao horizonte matizado que atingiremos a qualquer hora sem sequer sair do lugar, idealizando os desejos que se acasalam,

Onde as alegrias se encaixam e o silêncio desfaz sem alarme o mistério, as vidas se localizam em cada adágio sem segredo,

Espaçando as ansiedades e as aflições da existência, decompondo-se neste compasso aviltando-se em sentimentos sem medo,

São muito mais do que estas ingênuas demarcações, não podem ser resumidos nestas ou em outras desalinhadas expressões,

Enfim, são júbilos assombrosos e enigmáticos que se acomodam no ruído súbito, concebendo os anseios de todas as emoções!

Disse um olho para ao seguinte, em termo finalizado:

Não temos qualquer obrigação um com o outro, entretanto, trabalharemos atrelados,

Seremos os pedaços que se adaptam, observação dos entes que queiram estar conectados,

Alegria descoberta em cada novo momento por todos os seres apaixonados...

Amaro Larroza.

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 25/02/2009
Reeditado em 18/07/2009
Código do texto: T1456851
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