Fora de época...

O mais interessante, é que não era primavera, pelo contrário, já se anunciava o ar frio do inverno,

E mesmo assim, as flores ali estavam, viçosas como sempre, retribuindo um sorriso terno,

Coadjuvantes admiráveis expostas na tentativa de serem percebidas no isolamento das expressões,

Busca longínqua dos ideais descobertos em fábula desvalida, na busca da conjectura de ajustes, quimeras, aspirações,

Abre-se o brilho do pensamento, do encanto desmistificado, predizendo o início do fim em tantas manifestações,

Seqüência dos créditos transformados, sustento dos enfeites, benefício improvisado a outras enrustidas estações,

Tece-se mais uma vez, bem-sucedida pela apresentação, localizada na nobre crença da firmeza e da utilidade,

A pena domina o minutar, a investigação no julgamento do discurso sem direção, constância, tenacidade,

E é de vida e de encanto que se fazem as plantas, ressalvadas por visões constrangidas no vício de meias verdades,

Para quem registra, vale mais o termo conhecido do que o modo de olhar que se cansa no frio aberto que invade,

Mas as flores continuam lá, alheias a tudo na arena abandonada, se fazem sentir para o delírio da paixão,

É simples discernir; um contato encontra o devaneio, um contemplar arranja o sentimento, desvenda a manifestação,

Estações, círculos essenciais em questões correspondentes, conservam-se no desejo de amar em tempos especiais,

Solo coberto das elites, estruturas cultivadas em tapete de mil cores flamejantes sob fulgores liberais,

Desvendam-se em narrativas e inspirações, em documentos procedentes em meio a uma palavra e outra, nas magias,

Expõe-se entre o zelo e a letargia, na curiosa confabulação silente, na procura confinante das utopias, ...hoje perdidas em fantasias!

Amaro Larroza.