ENCONTRANDO A FELICIDADE (1ª PARTE)

É impressionante como nós, seres humanos, agimos em função da dicotomia do misticismo e da descrença. Ao mesmo tempo em que acreditamos numa infinidade de coisas, descremos totalmente de

outras que muitas vezes, seriam até mais viáveis de se conceber.

Assim, temos a predisposição de achar que tanto as desgraças,

quanto as coisas muito boas só batem na porta do vizinho, jamais

se aproximando da nossa.

E mesmo quando somos cientes de alguns fatos, é como se eles nos batessem nos ouvidos e escorregassem, sem que pudéssemos antes, assimilá-los, degustá-los, interiorizá-los. Motivo pelo qual dificultamos nossas vidas e sofremos desnecessariamente, muitas vezes.

Eu mesma, durante muitos anos, desperdicei minha vida chorando desesperada e acreditando que por ser de escorpião, eu era mesmo uma espécie de fênix. Que precisava alcançar o limite máximo do fim do poço pra poder ganhar forças e me impulsionar novamente para cima. Ou seja, eu era mística para crer nas características de alguém do signo de escorpião. Porém, não tinha a mesma crença quando se tratava da força que o meu próprio pensamento pudesse ter.

Como fui boba! Mal sabia eu que precisava mesmo disso: ir ao fundo do poço, do sofrimento. Não por algo de minha natureza, ou do cosmos, ou de qualquer força do além, ou do destino. Eu necessitava disso apenas porque eu mesma programei minha mente e a minha área na esteira magnética para passar por tudo o que eu passei.

De forma que realmente em muitos momentos e fases de minha vida eu fui às profundezas do martírio, antes de conseguir reerguer-me pra dar prosseguimento àquilo que eu chamava de sobrevida.

O pior é que além de me prejudicar, eu ainda prejudicava, mesmo que involuntariamente, as pessoas que amo, quando pensava coisas negativas sobre elas. Além de que o meu medo de perdê-las, fazia com que elas realmente se afastassem de mim.

E o mais impressionante é que eu já havia ouvido e até repetido para outras pessoas que cada um de nós é aquilo que pensa de si próprio. Assim como, também, já havia advertido-as da importância do pensamento positivo para que a vida tome o rumo que se almeja.

Nesse momento percebo que, na verdade, eu nunca tive o conhecimento epistemológico do que estou falando. Embora eu já tivesse lido e escutado falar sobre esse assunto, meu conhecimento não podia nem sequer ser chamado de empírico, já que jamais entendi qualquer experiência vivida anteriormente por mim, ou por alguém de minhas relações, do meu meio social. Enfim, do meu conhecimento propriamente dito.

Agora, ouso afirmar que estou caminhando para esse conhecimento.

É claro que ainda preciso ler e estudar muito para chegar onde quero. Todavia, sinto, creio e sei que chegarei lá. E chegarei porque assim estou programando, para alcançar a minha plena felicidade. Mas, só por estar nesse caminho, eu já não sofro mais.

Não estou falando de religião alguma, nem de bruxarias. Falo de ciência, de coisas verídicas e comprovadas.

A felicidade existe e qualquer um pode encontrá-la. Basta apreender

a se amar, a acreditar e a pensar grande.

Agora, me dêem licença que eu tenho um encontro em quarta dimensão com a minha alma gêmea...