ESPIRITISMO - OS ALICERCES E PILARES DA OBRA DOUTRINÁRIA.

A Doutrina Espírita adquiriu status de Ciência e Filosofia em sua origem, quando da Publicação do Livro dos Espíritos e do Livro dos Médiuns, na metade do século XIX, assumindo o aspecto de Religião logo em seguida com a publicação do Evangelho Segundo o Espiritismo.

Trata das relações entre os espíritos que vivem encarnados na terra e dos espíritos que vivem desencarnados nos planos espirituais, dos fenômenos que envolvem estas relações e, das conseqüências morais, oriundas do estudo, observação e análises racionais das revelações dos espíritos.

Enquanto ciência, através do estudo e da observação dos fenômenos mediúnicos, gerou teorias e conhecimentos novos para a humanidade.

Enquanto filosofia, gerou também teorias e conhecimentos novos, inicialmente revelados pelos espíritos desencarnados, através dos fenômenos mediúnicos estudados e observados e depois através dos “cientistas do espírito”, dos pensadores espíritas e dos novos filósofos surgidos, nos dois planos da vida.

Estes conhecimentos, científicos, filosóficos e morais, levaram uma boa parcela da humanidade encarnada e desencarnada, a reformular conceitos e preconceitos que predominavam até então.

Estando a Moral Espírita consubstanciada na Moral Cristã, do Cristianismo Primitivo, as revelações dos espíritos, acerca desta moral, vieram também reformular os conceitos morais da humanidade.

Surgiu daí a Religião Espírita, conotação que assumiu a Doutrina Espírita e que formou o seu tríplice aspecto: Ciência Filosofia e Religião.

O Espiritismo faz parte do movimento do Advento do Consolador prometido pelo Cristo, e está, conforme promessa do Cristo, sob a coordenação do Espírito de Verdade, sendo este um dos princípios da doutrina espírita “ser o Cristianismo redivivo, na sua simplicidade” – um de seus alicerces principais.

Sendo Ciência e Filosofia – é doutrina que evolui com o evoluir do conhecimento humano. Sua compreensão da Verdade Universal, não é estática e evolutiva. Este é outro alicerce doutrinário, porém este evoluir do conhecimento científico e filosófico, tem que ser baseado exclusivamente na Razão – o conhecimento tem que estar comprovado cientificamente e a aceitação das formulações filosóficas tem que ser de forma racional.

Sendo Religião Cristã é doutrina que evolui moralmente respeitando a Regra Áurea ensinada por Jesus de amarmos a Deus sobre todas as coisas e ao nosso próximo como a nós mesmos, fazendo aos outros apenas aquilo que gostaríamos que nos fizessem, regra esta que só é possível se possuirmos a Humildade, Fraternidade, Caridade e Amor – este é o alicerce da Moral Cristã e por conseguinte da Moral Espírita Cristã.

Temos assim os principais alicerces da Doutrina Espírita..

Porém a Obra Doutrinária Espírita, que se ergueu sobre estes alicerces, necessitaram de colunas de sustentação sendo a sua primeira coluna, o espírito missionário de Alan Kardec e, com ele e, depois dele, outros PILARES que continuaram a dar sustentação a obra doutrinária:

- Leon Denis, Ernesto Bozzano, Bezerra de Menezes, Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco,

Para citarmos aqui apenas alguns dos maiores pilares doutrinários.

Mas uma obra não se sustenta apenas pelos alicerces e pilares maiores, ela necessita de outros esteios, das paredes, das coberturas e também das divisões e é justamente devido as divisões, mal organizadas e planejadas, que se destroem as grandes obras.

Se já temos capacidade adquirida como espíritas, para sermos pilares ou esteios menores, não fujamos a nossa condição adquirida graças aos maiores.

Se somos ainda parte das divisões, não esqueçamos de respeitar os Pilares e Esteios Principais da Obra pois são eles a nos dar a principal sustentação.

Os Pilares e esteios, menores, bem como as divisões, não são menos importantes que os principais, pois é do todo que surge a harmonia e beleza da obra.

Justo se compreenda que alguns Espíritas, - que ainda estão na condição de divisões e que ainda não compreenderam a grandeza da obra e a importância dos seus alicerces e pilares para manter esta grandiosidade e crescimento -, queiram reformar a doutrina, pois ela é evolucionária e não estática..

Porém há que se ter em mente, independente de sermos, pilares, esteios ou divisões menores, o fato de que não podemos reformar a obra, modificando irracionalmente seus principais, alicerces e pilares de sustentação.

Diante disto e dos movimentos que quiseram até este final de 2008 e os querem ainda reformar a doutrina a partir de 2009, cabe aos agrupamentos que ainda se encontram organizados sobre os alicerces originais e com a sustentação dos grandes pilares da doutrina, que se movimentem para que o espiritismo evolua sim, mas sem perder sua PUREZA DOUTRINARIA.

Isto é valido para qualquer corpo de doutrina.