Quato Tempo

QUANTO TEMPO!?

Quanto tempo a gente perde...

Esperando por algo que nunca vai acontecer;

Esperando um emprego, um amor, a cura de uma ferida do corpo ou d´alma;

De uma mão que tome a nossa estendida de nos traga para perto, entrelace-nos em seus braços e em um abraço diga que a nossa espera acabou...

De uma boca, de longe ou de perto, dizer o que queremos ouvir e, juntos, poder sorrir;

Por quanto tempo, vamos esperar sem nos desesperar,;

Por quanto tempo, entre noites e dias, a incessante procura, quem sabe, talvez, até mesmo por algo que nunca vimos, que não conhecemos ou sabemos se existe e, de se lançar aos extremos da estrada da existência, ao encontro de que?

Um abraço, uma palavra, um sim, um não de alguém de quem, do concreto ou abstrato, da chuva, do sol, da lua e estrelas, que busca, que procura, que vaticínio este de caminhar pela vida sem deixar que ela caminhe em nós, de falar pelos outros, quando eles são mudos, de ver pó que não existe, de braços que não abraçam, de bocas que não beijam...

De um amor que não existe, que partiu com a madrugada e nos lençóis da cama te deixou sozinha, partiu porque quis, morreu, porque não creu...

Mais eu, que do nada vim e, como sempre, te encontrei, meus braços podem te abraçar, meu corpo ao teu abrasar de prazer em noites cálidas ou de frio, minha boca pode te beijar e te dizer a qualquer hora que queiras, eu te amo, meu amor.

Airton Feitosa