Apreciação.

09/07/09

I

Creio, (por análise própria), que ‘meu’ estado de espírito está refletido em meu jeito de ser,

Na satisfação dos sonhos cumpridos, nas afeições correspondidas pela alegria de viver,

Na minha coragem que, (hoje), é bem maior que o medo do fracasso, na superação dos mares de incertezas,

Nos vértices de nostalgia, que guardo e trago vivo na memória, com todas as glórias e belezas,

II

Na felicidade de um poema ou no sonho de uma canção, no olhar provocante abrigado em um devaneio,

Em qualquer contentamento exultante, no prazer do alinhamento que chega sem explicar para que veio,

Na obrigação de desvendar a acepção da história, na chama que arde sem se ver, na pressa de meus passos,

Na palavra que inspira um mundo de ternura em todos os desejos, nos beijos e na força dos abraços,

III

‘Meu’ plano material está ajuizado ao meu modo de apresentação, nos reencontros com amizades,

Nos faróis direcionando os barcos, na existência dos lírios, na progressão alusiva a todas as verdades,

Nos cálculos malogrados, nas palavras perdidas sobre o estipe de papel,

No pingo da chuva fria, nas caricaturas dos versos, na gradação da vida colorida em tom pastel,

IV

Meu jeito de ser, está intimamente ligado as conquistas de outros seres em uma ascendência comum,

Nas vozes simbólicas no coração implume, nuvem que veio com o vento e não vai a lugar algum,

No ciúme que ‘não’ atormenta, e ao contrário, serve de consolo ao afeto inocente,

Na esperança do tempo moldado, na vida que com seu tempo traz de volta um mistério coerente,

V

E esta minha exultação é imensamente maior do que um contentamento, medida distante do perigo,

Apresento a minha vida passada com tantos enigmas, e associo na presente a um amanhã de abrigo,

Ela promove tantos segredos a uma existência que descobre em mim essa imensa necessidade,

Júbilo no silêncio de meu reduto, na hora que desvendo o sentido da vida e o segredo da felicidade.

Amaro Larroza.