PARA ONDE VAMOS?

PARA ONDE VAMOS ?

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ROBERTO ROMANELLI MAIA

É triste e desanimador saber que, os planos humanos para a humanidade falharam e que, hoje, como uma conseqüência direta de tanta incapacidade e omissão, todos nós, sofremos e passamos por ameaças, dificuldades e preocupações.

Sim, os homens deviam aprender mais com as experiências e os erros cometidos no passado.

Mas são fracos, indiferentes, covardes e omissos.

E não possuem o bom senso e a humildade necessárias para não repetirem os mesmos erros.

Num dejá vu que se repete, historicamente .

Segue-se, como decorrência, do não aprendizado de tantas lições do passado, o fracasso.

Por isso os planos grandiosos que os lideres políticos do século dezenove fizeram para nosso século vinte acabaram em um retumbante insucesso.

A Primeira Guerra Mundial os estourou como se fossem uma bolha de sabão e de espuma multicolorida que se desfaz.

E o planos sucessivos criados, na época, pela Liga das Nações não só não conseguiram trazer a paz mas como pioraram as condições de grande parte do mundo abrindo as portas para o que viria alguns anos depois com Hitler e a Segunda Guerra Mundial.

Judeus, ciganos, padres, homossexuais, deficientes mentais e físicos, além de minorias étnicas e raciais, quase foram extintas porque cada um destes segmentos julgava que seria, tão somente, o outro, a próxima vitima.

Sim, logo tornou-se evidente, para o mundo, que os líderes políticos, da época, 1930/40/50 nada aprenderam da experiência causada pelo colapso da Liga das Nações.

E o futuro apresentou-lhes um novo desafio quando duas bombas atômicas foram lançadas no Japão, introduzindo um novo componente e diferencial: a guerra atômica.

Surgia, pela primeira vez na história, a ameaça de extinção do ser humano sobre a Terra.

E todos nós nos confrontávamos então com algo de conseqüências imprevisíveis.

Assim, em face a essa nova realidade que medidas protetoras providenciaram, á época, os homens responsáveis pela liderança política mundial?

Algo que a experiência garantisse ser certamente bem sucedido?

Algo que expressasse uma sabedoria superior à do homem mortal?

Não, permitiu-se que a nação que explodiu as bombas atômicas tomasse a dianteira em arranjar, com seus aliados, também, vitoriosos na guerra, outra falsa sociedade de nações.

E criou-se, apenas, uma outra liga política, com um novo vestido e uma nova maquilagem, sob um novo nome: o de Organização das Nações Unidas, ONU.

Com uma Declaração dos Direitos Humanos e uma Corte Internacional de Justiça que, até hoje, só demonstrou que, em geral, está a serviço de eventuais interesses políticos de uma minoria dominante.

E criaram-se forças policiais, uma delas que fez vigorar o cessar-fogo ao longo do Canal de Suez.

OUtras que foram convocadas, muitas vezes, para intervir objetivando, pretensamente, levar a paz a outros países.

E como órgãos supremos da ONU criaram-se a Secretaria Geral, a Assembléia Geral e o Conselho de Segurança, com o poder de veto restrito a uns poucos países privilegiados.

Além de organismos filiados de suporte a programas de educação, de saúde, etc., e grupos de planejamento, de estudo e de análise, com representantes de cerca 150 membros das Nações Unidas.

Sim, certamente, pode-se admitir que a ONU serviu como válvula de segurança para uma explosiva situação mundial.

Mas, apesar disso, a situação mundial em todos os sentidos, macro e micro, continua explosiva e, a cada dia, mais se deteriora.

A corrupção, revelada pela questão do petróleo iraquiano, de altas lideranças incrustadas na própria ONU e em segmentos dos governos, inglês, francês e americano, só mostram, nos dias de hoje, que para certos líderes políticos e financeiros o que importa é ganharem fortuna e poder.

Assim, as Nações Unidas, embora organizada filosoficamente para a paz e para a segurança mundial, não impediu o desenvolvimento da bomba nuclear.

Hoje ela já existe ou esta potencializada para existir em cerca de dez outros países, além dos Estados Unidos e da Rússia, ( hoje, claramente, fazendo parte deste clube, a Coréia do Norte e o Irã).

Tudo regado com a champagne dos mísseis balísticos intercontinentais, com ogivas de bombas nucleares, contendo um poderio devastador.

De fato, reconheça-se que a ONU não possuía e nem possui canais, meios e instrumentos coercitivos e impositivos que viabilizem e conduzam, concretamente, ao estabelecimento da paz.

Nem ela conseguiu chegar a paz mundial, através de acordos internacionais.

Pois a possibilidade do uso do veto, por parte das principais potencias, criou e cria empecilhos e obstáculos que se tornam insuperáveis.

E que frustram ou impedem, na prática, qualquer iniciativa que venha de encontro a este objetivo.

E nunca qualquer planejamento mundial para a paz, elaborado pela ONU, pode ser verdadeiramente concebido e executado.

Pois a maioria dos líderes políticos mundiais, estão preocupados apenas na busca de benefícios econômicos e de poder político para seus paises.

Nunca se ofereceu para o mundo, de fato, uma esperança, a curto ou a médio prazo, de bom êxito quanto a obtenção de uma paz mundial duradoura.

Nem quanto a diminuição das diferenças sócio-econômicas entre países desenvolvidos e aqueles do chamado terceiro mundo.

Sim, é verdade que as Nações Unidas investigam e publicam dados e estudos sobre a mortífera poluição do ar, do mar e da terra.

E, também sobre a difusão e a cura de moléstias, de endemias e de epidemias com índices de mortalidade devastadores.

Sobre fomes e secas.

Ela mesma, porém, mostrou-se incapaz de lidar com a piora da situação política, social e econômica que se acentua em nosso mundo, cada vez mais.

E se a ONU ainda possui algum tipo de poder e/ou de controle sobre as Organizações de Tratados Regionais e sobre alguns dos paises dos blocos políticos e econômicos, sob influencia americana, européia, russa e chinesa, não quer ou não lhe permitem que interfira e/ou discipline a gigantesca especulação, de capitais e de papéis, dos cartéis, das empresas, dos bancos e dos grupos internacionais, globalizados.

Por isso, a confiança humana nas Nações Unidas enfraquece, cada vez mais.

Um exemplo claro são as resoluções da ONU que são descumpridas por vários países.

Muitas delas, já são letra morta quando aprovadas.

Pois os governantes e políticos continuam a depender das alianças de blocos e/ou de grupos de paises continentais e da existência de fortes depósitos militares, com bombas atômicas capazes de destruir, várias vezes, todo o planeta Terra, como o único impedimento e freio para uma Guerra Mundial Nuclear.

E as promessas destes políticos, como, também as daqueles que eram líderes nas décadas de 50 para cá, de lançarem o alicerce para uma "geração de paz", cada vez são mais inúteis e fúteis.

Pois que, a cada se dia, mais se inviabilizam !

Os países Árabes e o Estado de Israel não se entendem nem conseguem chegam a um acordo definitivo sobre os palestinos, a palestina, Jerusalém, territórios conquistados, segurança recíproca e dezenas de outros assuntos que levariam a um abrandamento dos conflitos.

E quem sabe a eliminação do terrorismo pretensamente religioso e racial.

SIm, a liderança da ONU e aquela dos países, com poder de veto, parecem esquecer que as pessoas sofrem com o perigo provocado não só pelas complicações e desarranjos internacionais.

Pois todos, também, são afligidos por problemas e dificuldades domésticas.

E por certos distúrbios.

Pela anarquia política e sócio econômica que acontece em muitos paises...

Pelo terrorismo, pretensamente justificado, que se expande cada vez mais...

E pelas condições internas, dentro de tantos países, que impedem, a tantos, de viver dignamente.

Ou de alcançar uma vida melhor nos seus próprios países.

E qual é a causa?

Sim, porque será que, com tantos discursos, programas, pesquisas e um "politicagem" internacional tão febril e intensa, e com tantas medidas de ajuda econômica, ditas preventivas, a situação e a realidade mundial não melhoram?

E a quem cabe a responsabilidade por vivermos em um mundo onde todos os tipos de insegurança estão a nos cercar?

E o que está errado em todo esta "politicagem" mundial?

O que foi deixado fora de cogitação ?

Ou que não foi feito e que deveria ter sido?

Sim, certamente, todas as pessoas bem intencionadas e sinceras, bem como aquelas que são afetadas diretamente, por tal estado de coisas, gostariam de saber isso.

Mas, invariavelmente, em todos os casos, já mencionados, de política nacional e internacional, notamos que o que se desconsidera, nos fóruns nacionais, internacionais e no da ONU é, verdadeiramente, o ser humano.

E muitos, destes ditos políticos e "estadistas" afirmam, despudorada e falsamente, que, por pertencerem aos diversos grupamentos religiosos, às diversas seitas religiosas, a cristandade, ao judaísmo, ao budismo, ao islamismo, ao hinduísmo ,etc., o que fazem é pelo ser humano e pela paz.

Mas eles em suas reuniões políticas, sociais e religiosas, a pretexto do estudo e da análise dos problemas do mundo, nada fazem para mudar certas realidades que existem, em nossas sociedades, deixando-se seduzir, manobrar e/ou guiar pelo "conselho" e pelas decisões de seus "líderes"...

Registre-se que a maioria delas nem sempre são as melhores com vistas ao bem comum e ao alcance de uma paz duradoura.

E o que vemos é que estes " lideres", por possuírem o poder, que emana da força bélica e econômica de seus países, se julgam os donos do mundo.

Sim, os planos, esquemas e desígnios humanos multiplicaram-se durante os últimos séculos e milênios, mas será que eles foram bem sucedidos em produzir ganhos no controle da guerra, da fome e da miséria, que possamos considerar como permanentes?

Um ótimo exemplo seria todos eles olharem para trás perguntando-se onde estão, hoje, e como estão, os famosos impérios coloniais e políticos?

Impérios que antigamente exerciam controle amplo, quase que total, sobre todo o mundo.

Em especial as sete potências mundiais da história e das profecia bíblicas?

Onde está a antiga Potência Mundial Egípcia?

E aquela da Assíria, da Babilônia, da Medo-Persa, da Grega, da Romana e da Anglo-Americana?

Onde está o incomparável Império Britânico, que antigamente abrangia um quarto da superfície da terra e uma quarta parte de sua população?

A glória deles se desvaneceu por culpa da arrogância e da ganância de alguns poucos homens.

Muitos deles falsos lideres de seu povo.

Assim, se a sobrevivência e salvação da raça humana dependessem dos planos destes e de tantos políticos que possuíram o poder, tudo estaria perdido para a humanidade.

Pois os seus planos e as suas atitudes políticas não se guiaram pela visão dos acontecimento do passado.

Assim, também, o é no presente.

Não se baseiam na experiência histórica que deveria ser o norte de muitas decisões.

Decisões que, em toda a história humana, quase sempre foram tomadas, de forma inconseqüente, pois que prejudiciais ao ser humano.

Sim, infelizmente a maioria de nosso líderes mundiais não decidem baseando-se na experiência e na sabedoria humana...

E nem na busca de uma verdadeira e efetiva paz...

Sim, o que tem se visto é que o que os ditos "líderes e homens sábios do mundo" projetam é condenado e fadado ao fracasso.

E que a hodierna unificação dos povos, numa organização das Nações Unidas, em prol da paz e da segurança mundial não consegue triunfar para o bem para da humanidade.

E nunca uma Organização das Nações Unidas, como esta atual, com o seu Secretário Geral, o seu Conselho de Segurança e as suas Conferências de Desarmamento, serão o melhor caminho e/ou o instrumento mais eficaz para se unificar toda a humanidade numa Terra segura, sem guerra.

Pois a verdade é que desde a Segunda Guerra Mundial de 1939-1945, a humanidade está dividida em zonas de influencia e em mais grupos nacionais do que jamais esteve antes.

Com cada grupo étnico e/ou religioso reivindicando poder e soberania nacional.

Assim, é fato inconteste que a divisão da raça humana é, atualmente, mais significativa do que antes.

Pois é aumentada por diferenças lingüísticas, por costumes diversos e por objetivos e ideologias políticas opostas e/ou diferenciadas.

E pelos preconceitos raciais e religiosos que nunca foram tão fortes apesar de repelidos, pela comunidade internacional, na Segunda Guerra Mundial e por alguns países no pós guerra. Não podemos, também esquecer que existe em muitos países um ressurgir de certos tipos de neo-nazismo e fascismo.

Que nem sempre são condenados e nem combatidos por todos.

E dentro de tudo isso, certamente, a autodeterminação e a autopreservação são fatores determinantes e predominantes.

Por isso fica claro que o governo mundial exercido pelo homem é impossível e a unificação de toda a humanidade não virá por tal meio.

Sim, o mundo da humanidade não pode ser unido entre si.

Porque os homens nunca estiveram, não estão e nem estarão unidos a continuar esta visão político, econômica social, e suas variantes e variações, dominantes a milhares de anos em nosso planeta Terra.

A falta de união, por parte da humanidade, não é nada menos do que o reflexo visível da desunião entre países.

E, também, uma enorme desunião entre um grande número de seres humanos que existe, de fato e de direito, em todos os quadrantes de nosso planeta.

Portanto, como única solução viável e, certamente, promissora, se apresenta a necessidade de se buscar o restabelecimento da ordem e da união, na Terra, entre todos os países, de forma a que o interesse de todos se sobreponha ao interesse de alguns poucos como historicamente tem sido e é, atualmente.

E não esqueçamos que, hoje, nem todas as ovelhas, judeus e outros, seguem para o matadouro, como, tantas vezes, aconteceu no passado...

Pois já são realizadas passeatas, protestos, reuniões, etc., onde se registram muitas contestações e questionamentos por parte das pessoas, em todas as nações,.

Por responsabilidade de muitos " lideres" de governos e do modo como eles administram e/ou manejam a política, o social, o econômico e, até mesmo, as questões religiosas, em seus países.

Sim, existem razões e motivos válidos para o desassossego, a intranqüilidade e a rebeldia de tantos povos e de tantas nações.

Um provérbio antigo indica o motivo, dizendo: "Quando os justos se tornam muitos, o povo se alegra; mas quando um iníquo está dominando, o povo suspira." (Provérbios 29:2)

Sim, não custa nada entender porque, as vezes, muitas pessoas são levadas a agir, como que loucamente, por causa da miséria, da fome e da opressão...

Assim, depois de milhares de anos de opressão muitos seres humanos, em face das condições mundiais na atualidade, reagem ou começam a reagir...

Porque como povos oprimidos não conseguem visualizar, a curto e a médio prazo, nenhuma perspectiva de melhora e/ou de solução para os problemas da fome, da saúde, da educação, das doenças e da guerra.

Por parte das atuais administrações, da maioria dos paises e, em especial, da própria ONU.

Eles sentem, em sua maioria, que não há salvação para eles.

Nem nunca haverá uma libertação , partindo das decisões tomadas por lideranças que se preocupam, tão somente, com a economia e o poder político.

Com as riquezas que devem ser acumuladas.

As estruturas empresariais globalizadas.

A concentração da renda.

A conquista de novos territórios e de matéria prima.

E a perpetuação do poder pela classe dominante.

Sim, de fato o que existe, hoje, é em muito decorrente da primeira guerra mundial de 1914 que dividiu o mundo em dois campos econômicos, políticos, opostos.

Portanto, a Liga das Nações do após-guerra falhou em unificar a humanidade e em conseguir a paz entre povos e nações.

E agora, as Nações Unidas continuam, também, a falhar em todo este processo.

Mas registremos, a bem da verdade, que foi, também, a cristandade, a mais poderosa organização religiosa na terra, que falhou em impedir as duas guerras mundiais.

E que ela, até agora, em nada ajudou, dentro do processo de unificar a humanidade, numa real e verdadeira paz e segurança.

Mas não são só estas as organizações políticas e religiosas que estão com os seus dias contados e que terão de desaparecer.

Mas sim todo o sistema de realidades políticas e econômicas criado pelo homem, moderno e contemporâneo que, claramente, faliu.

E já está morto e enterrado.

Embora, muitos líderes mundiais não reconheçam esta verdade.

Assim, uma nova ordem mundial se impõe e precisa ser criada e construída sem a estrutura, os vícios e as limitações das anteriores.

E cabe a todos nós colaborarmos para essa construção questionando, protestando e agindo contra tudo isso...

Para que uma nova ordem política, econômica e social surja, o mais rapidamente possível...

Pois só assim poderemos ter alguma esperança de que poderá vir a existir um futuro melhor para aqueles que, depois de todos nós, herdarão este mundo.

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ROBERTO ROMANELLI MAIA

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Enviado por RRMM em 15/05/2005
Código do texto: T17080