Contar? Deus me livre e guarde

Cabeça de porcelana

Quanto aprontas de sacana

E se o meu dormir falasse

Pensando para apurar

O que entre elas ver

Não me foi de desprezar

O entregar, de vez mexer

Foi dela, porque inquietante

Que dos íntimos segredos

Via, embora tão distante

Sós, recatos tão espertos

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 12/06/2006
Código do texto: T174394
Classificação de conteúdo: seguro