NOSSOS MESTRES...NOSSOS "DEUSES"...

A princípio não estou bem certa do impacto do presente título de texto na leitura deste meu ensaio.

Talvez, num primeiro momento, tenha eu despertado uma sensação de incomoda crítica, ou até dum dum elogio, quem sabe, mas a bem da verdade pretendo mais despertar o pensamento num meu desabafo, embora gostaria de ser lida por professores e em especial pelo que me inspirou este texto, no intuito de levantar a questão que aqui coloco.

Não é a primeira vez que presencio lamentáveis fatos semelhantes ao que presenciei há poucos dias, como plateia num congresso, quando um profissional de renome expunha um trabalho a uma banca de mestres observadores.

É fato que neste mundo, somos seres muito diferentes , com distintas funções e missões, porém todas elas no seu devido espaço para compormos não só a beleza da diversidade, como a necessidade do bem estar coletivo.

Uns ensinam brilhantemente.Outros aplicam o que aprenderam, não menos brilhantemente.

E como costumo também dizer...mais estamos do que somos.

Assim caminhamos juntos, homens e mulheres, jovens e idosos, negros e brancos, ricos e pobres, professores e alunos, entre os extremos que encerram outras tantas diferenças e nuanças de situações.

Porém há os que diferentemente da colocação que aqui faço, e lamentavelmente, julgam-se extremamente superiores na escala da evolução da vida e das ciências, e acreditam que tal superioridade megalomaníaca lhes permite humilhar àqueles que por alguns instantes estão sob sua efêmera judicatura.

Obviamente que não estou aqui a criticar o professorado, a quem sempre tive um imenso respeito, principalmente àquele que devo minha formação.

Destarte, exatamente por acreditar que a missão dum professor -seja ele de que graduação for- é algo extremamente sagrado e edificante, é que resolvi ensaiar meu pensamento para me colocar radicalmente contra qualquer atitude de demérito e constrangimento por parte de quem tem a missão de informar, formar...e até julgar.

Há várias maneiras, várias posturar pedagógicas de julgamento, principalmente por parte dum mestre benemérito livre docente, de se discordar dos resultados dum trabalho apresentado em público.

Conta a história que até Albert Einstein teve problemas do tipo.

Um professor deve estar, mais do que qualquer outro profissional, preparado para lidar com talentos.

E sinto que esteja em falta tais posturas mais humanizadas e menos "endeusadas"...nesses nossos dias de hoje.

Cabe ressaltar que estamos na vida, e a cada dia nos há uma lição diferente, um aprendizado a mais.

Ainda que seja o de se aprender a respeitar o espaço alheio, embora dentro da psicótica onipotência que nenhuma ciência domina.

Aos futuros mestres, com carinho.