Homeomorfos.
13/07/09
I
A vida é uma soma de aquarelas que, com o tempo, vamos pincelando achando cada matiz,
Sem pretensão nenhuma, mas com a esperança contida de encontrar um rumo e ser feliz,
É o paralelo inocente entre todas as situações e em todas as gradações,
O rascunho que traceja o norte, que apresenta o incentivo, o estímulo a todas as manifestações,
II
A vida é um mistério flamejante que se esconde dentro de cada um dos seres,
Desmistificada em seus labores, na entrega em sua inclinação, em cada um de seus deveres,
A necessidade veemente de encontrar novos espaços sem ir a lugar nenhum.
A incidência com seu exterior sem a necessidade de conquistar espaço algum,
III
A vida é uma soma de coisas que crescem sem que tenhamos controle sobre ela,
Uma divisão cromática nos detalhes divinos distribuídos na paleta de uma aquarela,
Principia com tonalidades primárias e se desenvolve com o tempo até chegar às integrantes,
Tem uma estação definida de permanência neste plano astral, depois volta a ser como antes,
IV
Mas neste ínterim devemos desfrutar, (como pudermos), cada instante singular,
E dividirmos com outros seres os melhores momentos que ela venha a nos entregar,
Decompor todas as nuances deliberadas no projeto absoluto desta mistura dada em cada cor,
Transcursar da passagem nesta analogia, nas dubiedades feitas em nome do amor!
Amaro Larroza.