ESPELHO
Pensei que fosse fácil te descrever,
Falar de você,
Ledo engano.
As palavras me traíram,
Fugiram,
Me mostraram que não é tão simples assim,
Definir você em poucas palavras.
Você é extremamente diferente,
Dos ensaios, dos poemas,
Deste meu mundo subjetivo,
Que às vezes se confunde com o real.
Agora me vejo impotente,
Sem saber o que dizer, fazer,
Face a face com este mundo novo que surge.
Na minha frente,
Olho para mim e a vejo,
Mas não a descrevo,
Não consigo.
Você é o oposto,
Você é o mundo real que toma dimensões,
E se confunde com o subjetivo,
Afinal você não é fruto da minha imaginação,
E sim de um mundo real que toma formas neste meu mundo de versos,
Que ganha dimensões,
Que toma formas,
E ganha espaço,
Nesse meu mundo tão insano,
Onde você surge para dar o equilíbrio,
Que ele precisava.