Capítulo 6

A Importância do Desbloqueio Emocional.


A parte emocional costuma interferir negativamente tanto no corpo físico como no corpo mental, prejudicando os estudos e os relacionamentos, isso porque as emoções geralmente não têm licença para se expressar em nossa sociedade.

Nossa cultura sempre se preocupou exageradamente em domar o “bicho” que existe em nós, não permitindo reações de raiva, choro, desagrado ou mágoa.
Essa atitude “polida e educada” foi acumulando, geração após geração, cargas emocionais pesadas demais, que quando explodem (e inevitavelmente em algum momento explodem), causam enormes tragédias, dores, sofrimentos.
Quando excessivamente reprimidas, essas cargas emocionais acabam se manifestando no corpo físico através de doenças.

É por isso que a agitação e a vitalidade das crianças e dos jovens causam irritação a muitos adultos: eles querem controlar os jovens tanto quanto controlam a si mesmos e o excesso de energia torna esse controle inseguro.

Todas essas cargas emocionais sociais e coletivas reprimidas explodem na forma de guerras, rebeliões, desordens, e na forma individual, quando não canalizadas, na forma de bebidas, drogas e excessos em geral.

Está chegando a hora de a sociedade aprender a lidar com essas energias de forma mais equilibrada, sem grandes convulsões.
E esse trabalho pode começar conosco, professores e pais, com nossos filhos e alunos.

O primeiro passo é reconhecer que temos muitas emoções violentas dentro de nós, as quais só estão disfarçadas por um verniz de civilização, mas que no fundo somos todos ainda bastante primitivos.
Dentro de nós mora um “bicho” que não deve ser muito reprimido, caso contrário explode como foi explicado.
O segredo é aprender a soltar esse animal aos poucos, de forma controlada, para que a pressão emocional se alivie.

Esse “bicho” não é muito sociável; é egoísta, quer tudo para si, como as crianças. Rosna, mostra os dentes, e até morde, se provocado.
Ele não gosta de regras, leis e limites.
Tem a tendência de ser “esperto” e levar vantagem em tudo (principalmente o “bicho” brasileiro...).
Ao mesmo tempo ele costuma ser ingênuo, romântico, afetivo, pois toda a agressividade que demonstra quer dizer: “Quero afeto! Quero atenção!”

Nesse “bicho emocional” estão acumuladas muitas revoltas: contra a vida, contra Deus, contra o mundo, o governo, os pais, amigos, parentes, relacionamentos amorosos...
E mais no fundo, escondidinha, a revolta contra si mesmo, por se achar fracassado, errado, inadequado, um ser que só sente a falta disso, falta daquilo.
E isso cria um círculo vicioso: eu não tenho valor, o mundo não tem valor, nada tem valor.

Como então começar a mudar tudo isso?

Nos capítulos seguintes iremos trabalhar os aspectos físicos, emocionais e mentais em sala de aula, através de práticas e atividades que possam equilibrar e harmonizar tanto os professores quantos os alunos.


continua...            

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Malu Thana Moraes
Enviado por Malu Thana Moraes em 16/09/2009
Reeditado em 26/05/2010
Código do texto: T1814179
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