Bi...nômios.

As palavras que redijo, estão diante das graças que me trazem consolação,

São cristalinas, guardando-me em “Deus” tão carinhosamente, como fruto desta emoção,

São escritas delicadamente num conforto que serena, no silêncio de bondades incessantes,

Perdidas nos meus próprios rumos, no claro perdão de todos os instantes.

Não posso definir como “poesia” tudo aquilo que faço na hora de fuga de meus deslizes,

Lágrimas perdidas entre abraços, quando o desacerto me aponta os momentos infelizes,

Minhas “letras” têm mistérios e nostalgia, refazendo-me num ser de esperança,

Resquícios de saudade, guias de autenticidade, na ternura que sempre me alcança,

Os relatos que improviso, são um pouco de mim, a referência interior que me anima e consola,

Nódoas de insanidade, linhas de confiança, a vida como meu sinal de conduta, academia e escola,

Deflagração de um espírito aprendiz, elementos recriados desde a infância,

Lembranças de ilusões de um viajante, a tênue visão perdida nos brancos da distância,

Às vezes, acontece como rima, no respeito às regras da existência como agora,

Outras surgem do repente, na labuta invariável e na fé incontida que me avigora,

Guardiã da revolta melancolia, amparo vestido a servir-me como plácido escudo,

Prazeres, aspirações e interrogações, agradecimentos as mãos que zelam por tudo,

As minhas ‘trovas’ são assim; simplesmente acontecem nas horas mais incertas,

Num sopro que não se sente, no berço de serenatas e outras tantas ofertas,

E numa imensidão de tantas voltas, sempre se reapresentam com alegria e emoção,

Repelem as lamentações, pois como “poesia”, convive bem viva dentro de meu coração!

Amaro Larroza.

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 30/09/2009
Código do texto: T1840307
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