Dômine mingo.

04/10/09

06hrs37min

Na manhã deste domingo ensolarado, de folhas espalhadas pelo piso,

O vento continua dispersando idéias, reavaliando a razão e o juízo,

Cobrando lembranças de tempos idos em quietos horizontes,

Conectando conceitos nos reflexos de sol por trás dos montes,

Presenças e ausências em mil entrelinhas, num pensamento só,

Palavras sonorizadas no sossego da arte que vai virar pó,

Retrocesso emudecido acalantando as cinzas de um desejo,

Encruzilhada do viver adormecido a sorrir na espera de um beijo,

Camuflagem num círculo intenso, o infinito na busca da beleza,

Tempo presente que não vê o passado, sondagem da força da natureza,

O sentido da vida passado a limpo na penumbra de outro entardecer,

O crepúsculo divisor de dias algemado em outro alvorecer,

Ainda dormem os inocentes sonhando o encanto do sossego distante,

Canto de fantasias na quimera imaculada levando o sonho adiante,

Exercício poético sobre saudade sorvido em reluzente taça,

Calor de um abraço enchendo de esperança, cada momento que passa,

O domingo vai terminar e o novo dia também, a ingenuidade ...talvez;

A insanidade cobrará novas considerações na realidade desta timidez,

O círculo de um nada será o tudo na hora do naufrágio da decência,

E a certeza da sábia ficção, permanecerá neste tempo de inocência!

Amaro Larroza.

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 04/10/2009
Código do texto: T1848397
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