UM SOLITÁRIO TEATRO HUMANO

Só uma pitada de realismo...

Talvez seja um movimento, um "ato" natural da humanidade, porém ultimamente tenho me assombrado com a falta de compromisso nas relações inter-humanas.

O que as pessoas falam normalmente não se escreve.

Suas convicções desabam no próximo jogo de interesse das esquinas da vida.

Os atos se segregam totalmente dos seus pensamentos...e o mais triste, dos seus sentimentos.

Tal fenômeno se escancara em todos os seguimentos da vida, inclusive na família, no trabalho e pasmem , até nas igrejas ou entre "amigos". Na política então...

Parece que as pessoas têm medo de serem autênticas, de assumirem a ética, de defenderem as suas idéias, as suas crenças, e por conseguinte, serem consideradas fracas...ou de socialmente levarem "a pior".

Observem.

Muito mais fácil encontrar um personagem pelos caminhos , do que um fidedigno modelo de "gente" que atue de maneira lógica, autêntica, coerente e confiável ( SE É QUE ESSAS QUALIDADES JUNTAS SÃO POSSÍVEIS dentro da nossa parca "humanidade"!).

Tempos difíceis estes nossos...

Não é a toa que já se escreveu: SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO!

Aliás, perigosa questão, deveras.

Eu ,nesse nosso modelo de mundo atual, mudaria o tal pensamento" "ser ou não ser...uma questão de coragem".

Arrisque-se a ser...quem ousar. E pague o impagável preço do NÃO existir...aos olhos do outro!

Mudam as falas, mudam os tempos, mudam os pensamentos E ATÉ OS PERSONAGENS...mas O PRINCIPAL ATO do teatro da humanidade é sempre o mesmo. E sem direito a intervalos para se arejar a consciência.

Não é a toa essa nossa crescente epidemia de solidão.