Distintos experimentos.

08/10/09

Divago nas tuas gemas e, busco outros sentidos,

Relembro dos minutos que tua voz chega aos meus ouvidos,

Busco teu afetuoso semblante neste extenso espaço sideral,

Te acho em cada acepção de conforto no meu universo astral,

Viajo por outras plagas, por vezes fugindo, outras buscando te achar,

Escapar é impossível, pois faz parte de meu fadário eternamente te adorar,

Afeição sem as réplicas que indicam objetividade ou razão,

Afeto sem rótulos carnais, simplesmente, apego, dedicação,

Procuro nas sombras, porque lá está a “luz” de teu encantamento,

Busco teu brilho na obscuridade, pois ele suplanta todos no firmamento,

Daí, te acho bem perto no sorriso inocente de uma criança,

Na haste de uma flor perfumada que com a brisa balança,

Nestes vai e vens de inúmeros sentidos provisórios,

Nos cálices refrescantes de vida em seus ofertórios,

Na circunflexão do arco-íris com fluorescência multicor,

Na resplandecência das expressões que o melhor dos trovadores pôde compor,

Esquadrinhei-te nas mais distantes indicações de norte a sul,

Nas alamedas e vielas, nos rumos que indicam a plenitude do azul,

Localizei-te na palavra descrita em pormenores por uma ansiã,

Em cada recomendação de alegria que desperta em cada manhã,

Neste “agora” te reencontro adentrando a tua alma por teus olhos serenos,

Que te desnudam em tua grandeza nestes orifícios tão pequenos,

E perco-me nesta intenção de te desvendar pela ‘vista’ desta janela,

Finalmente sinto-me reconfortado, na companhia de tua alma tão bela!

Amaro Larroza.