Apontamentos.

29/10/09

Os “pobres” versos que escrevo, apresentam sempre a mesma direção,

Cruzam as mesmas esquinas e fendas em outra manifestação,

Registram as mesmas narrativas em corpos e almas ausentes,

Testemunham os mesmos tranqüilos devaneios de seres diferentes,

Minhas linhas são o passeio cauteloso com mãos entrelaçadas,

A continuidade no mover-se devagar percorrendo outras calçadas,

Lucidez de um conto perdido de um bardo sublimando a namorada,

Comprometimento dos vocábulos pronunciados em noite enluarada,

Minhas palavras são um sim e um não neste ingênuo por que,

A luz anunciando a segurança de um caminho que não se vê,

Refúgio em sombra mansa que abranda nas horas de sol a pino,

A resposta justa e precisa indicada pela razão inquestionável do divino,

Minhas escritas são o acúmulo de todas as minhas vagas expressões,

Liquidação interior e verdadeira de todas as minhas emoções,

O acesso em relatórios das crônicas de meus sentimentos,

Perdas ou conquistas, resumo do destino em todos os eventos,

Mas quando saem a percorrer fronteiras, tem um endereço certo,

Deliberação de vias pré-definidas com exposição do anseio aberto,

Meus versos indigentes são o argumento de muitas linhas sem fim,

Têm o envolvimento com a vida e te trazem sempre para perto de mim!

Amaro Larroza.

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 29/10/2009
Código do texto: T1894892
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