Quando passa a existir...
01/11/09
Quando o sentimento ‘amor’ nasce, abrolha meramente como afeição, e nada mais,
Imerge na emoção que marca o momento, ajuíza antigos temas outrora banais,
Uma passagem esplêndida, fragrância fertilizante, anseios do passado no presente,
Entusiasmo ultrapassando a excelência, a paz silente que sublima simplesmente,
Um juramento incomum que começa por parábolas e de repente vai crescendo,
Fantasia em coeficiente elevado, mudança alheia que vai pouco a pouco adolescendo,
Quando a ternura brota, surge junto um contentamento que não se pode ver,
Conflagra a emoção que faz o tempo parar eternizando o momento sem perceber,
Nasce junto também, uma série de variadas pretensões que nos viram do avesso,
Trememos de saudade, reformulamos serenatas, e velhas formas são o doce recomeço,
Damos ao entendimento um púbere e amplo sentido na evolução de novas quimeras,
Relembramos cantigas amenas, alcançando o que havia sido perdido em outras eras,
O coração bate com arquejos lentos, imediatamente pode ficar disparado,
Quando compreende as artimanhas, e o ‘objeto’ da paixão desfila estonteante ao lado,
Os temores se acalmam neste devaneio diante tanta cor, beleza e magia,
Numa afeição sensata da vida ativa, que jorra incessantemente como poesia,
Neste ânimo e distinção, a “ternura” se sobressai na serenidade ruidosa que enaltece,
Encharca de entusiasmo e sinaliza a ocasião, entende a boca que emudece,
Caminha suntuosa nestas aspirações do sentimento e suas mudanças,
Quando o ‘amor’ nasce, traz junto de si cálices cheios de novas esperanças!
Amaro Larroza.