Confissão silenciosa

Enquanto a brisa dos teus olhos acariciarem

minha pele...e o calor das tuas mãos aquecerem

meu corpo em arrepios...que as tempestades

atormentem o dia lá fora...cá dentro dessas

paredes...nesse ninho macio que nos

reservamos...os sonhos deslizam...

Nos teus, os meus braços se aninham

silenciosos enquanto a melodia

dos desejos percorrem nossa pele deliciosamente...

nada perturba as mudez de nossos

lábios que se procuram ansiosamente....

sede é o que temos..de ti e de mim...

Não há nuvens há toldar esse céu que nos

abriga...não há palmos nesse chão que nos

afastem...leio teus anseios nos silêncios

que me permitem ouvir o teu chamado...

e sei...te assentas a sentir o arfar

do meu peito amante...

Menino lobo que na floresta dos meus tantos

sonhos se embrenhou em busca da lua

dos meus olhos pra uivar...deixa que eu te cubra

a pele com minha adoração e a alma com o meu

amor infinito...não me basta

esse grito abafado...meus gestos delicados...

quero mais...quero seiva da tua vida

escorrendo nas minhas veias...

No momento em que nos vestimos um no outro

somos unos...somos melodia...poesia...

somos terra e mar...sol e lua...

somos duas almas nuas...

Bailo na retina dos teus olhos...

mares serenos espelhados ...e tu mergulhado

nos meus lábios de mel lambuzados...

esquecemos o mundo que gira sem saber

de amor como nós o sabemos...

fruto saboroso...que não alimenta o corpo...

satisfaz a alma...

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 24/05/2005
Código do texto: T19392
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