OS FINS QUE JUSTIFICAM OS "MEIOS DE COMUNICAÇÃO"

"É com ele que eu vou..."

OLHAR...CHORAR E VOTAR!

Há algum tempo venho analisando certas movimentações da mídia que ocorrem por aqui, no nosso tão inusitado contexto sócio- político.

Melhor dizendo, a movimentação do "marketing da situação", para ser extremamente honesta.

E nessa semana, ouvi uma notícia no rádio que acionou "minhas antenas" e salvo algumas ressalvas, sem dúvida alguma é um grande avanço.

A nossa atual equipe gestora da nação vai proporcionar melhor acesso à cultura, diga-se de passagem, facilitação do acesso às exposições, ao teatro e ao cinema.

Eu não sei se entendi direito, mas é uma espécie de "bolsa cultura", ou vale cultura, de qualquer modo, " tá valendo!". E muito, claro!

Porém minha intenção é linkar os fatos.

Ultimamente o cinema brasileiro melhorou bastante, mais quem observa com atenção vai perceber que a produção das obras cinematográficas parecem meio que "monopolizadas" por um único veículo de comunicação, o da nossa telinha hegemônica. o Plim-plim, que tudo resolve no seu passe de mágica!

Muito bem.

Não é difícil se perceber que a coisa vai de vento em popa, toda a bilheteria dos "enlatadinhos nacionais" sempre "bombam " em audiência , e o público, claro, me parece que não faz questão alguma de qualidade, isso é fato.

Porém, quando se fala na fatia do "teatro de elite", aquele cujas obras são dispendiosas e demandam por público mais criterioso, aí a coisa muda de figura.

Os ingressos fogem ao poder aquisitivo da grande maioria da população.Porém isso não interessa a muitos.

Poucos gestores estão de fato preocupados em colocar o público dentro do cinema ou do teatro mais "pensante" porque "saco vazio não pára em´pé".

E aonde eu quero chegar? Bem agora a moda " da telinha" é fazer cinebiografias, se me permitem criar um neologismo.

Gosto muito do gênero, acho interessante.

E tem duas recentes no pedaço, de ambas pessoas notórias e interessantes: Herbert Viana e Lula.

Pessoas diferentes, obstinadas e de vitórias louváveis, inclusive dois artistas indiscutivelmente de ponta, a se considerar que política, além de ciência, é uma arte. Principalmente aqui no Brasil em que político tem mesmo é que EMOCIONAR, posto que nunca vi eleitor mais refém das emoções que o nosso...

E são tantas as emoções...

Só uma coisa me intriga, porém longe estou eu de entender de Justiça Eleitoral.

O filme do presidente já está anunciado para estreiar em primeiro de Janeiro, dia da confraternização mundial. QUE CONCIDÊNCIA BOA!

NO PRIMEIRO DIA DO ANO DAS ELEIÇÕES MAIS DISPUTADAS DE TODOS OS TEMPOS...INCLUSIVE DE TELINHA.

Porém o quê me intriga é o "tititi" da PRÉ- ESTRÉIA, que parece prometer eternidade, inclusive ao poder de sempre reestrear "os mesmos" no palco da nossa tão desgastada e manipulada política que lembra um pouco a Maquiavel!

Parafraseando os conceitos numa frase minha:"OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO".

Achei muito interessante e inteligente o "jogo de marketing".

Agora, se até eu que não entendo de nada ando meio desconfiada que estão usando o cinema para militar, o que pensa o TRE?

Penso que não pensam e nem querem pensar no assunto.Seria desgastante demais.

Agora, não adiantaria fazer o filme se o povo não tivesse acesso garantido ao cinema, certo? E a educação para a cultura? Como sair desse nó?

Então eis a solução melhor que a da "Nossa senhora desatadora dos nós!": "vale- bolsa cultura" a todos!

E como a língua do filme ainda é a portuguesa, o eleitor não precisa ser leitor alfabetizado para ter acesso ao tipo de cultura arte que apenas necessita de bons ouvidos e coração bondoso.Isso brasileiros todos temos!

Basta olhar,chorar e automaticamente...(?) votar!

É ou não é uma "sacada" genial? Eis aí, o poder da manipulação.

Só uma perguntinha: ISSO PODE? NÃO É USO DA MÁQUINA E DO SISTEMA?

Sinceramente, temo que continuaremos a chorar pelo resto dos nossos tão escassos e apressados tempos...

E AFINAL, COM QUEM QUE EU VOU?

Bem, eu como não entendo de nada e nem gosto de política, o meu negócio é MÚSICA AOS OUVIDOS!, prefiro sim, uma arte mais light...por isso é que vou de Herbert.

Eu até choro, mas choro feliz, na certeza de que investi melhor as minhas lágrimas.

E BOA MANIPULAÇÃO CULTURAL A TODOS!