Comunhão
Quando me abraças em silêncio, fecho os olhos e sei, que de beijos irás me cobrir...
Deixo a vida que fica por um fio...escorrer quente como se buscasse ar ...para continuar essa combustão ofegante...
Sinto gotejar cá dentro de mim, os teus suores...qual nardo de perfumes exóticos...
Quando teus braços cintilantes, envolvem meu corpo tacitamente preparado... os sons do universo, conspiram...inspiram e em
desvelos reticentes, me deixo perder na magia, que só a nós pertence nessa hora...
Quando no fascínio dessa comunhão...que em cumplicidade nos entregamos
a hora gira descompassada...ouço os sinos das nossas catedrais em uníssono badalarem as súplicas e murmúrios que só nós conhecemos ...
que só em nós percebemos...
Me abraça...hoje e sempre...assim eu sinto tudo novamente...