A minha paz
Deixa eu construir a minha paz...meu espaço...deixa que eu dirija meus atos...meus passos...
Nesse teu mundo as paredes estão gastas...as horas embruteceram...ao som dos teus senões e teus sonoros nãos...
Tão pouco de nós...nós continuamos a ser...acorda e olha pra fora de ti...o tempo passou...eu passei e tu também...e tão pouco de nós sobrou...
Visto meu casaco e vou a luta...fecha teus olhos...esquece essa lágrima seca...
os risos que tenho no rosto tem expressões que não conheces...
Não te dou meus sonhos...não divido...são tão meus...moram nas minhas entranhas...onde não quisestes visitar...
Fechamos essa página...não...não chore por mim...chore por ti e pelos teus sonhos que não soubeste sonhar...chora pelo amargor que cultivas...pela tua
alma presidiária de teus preconceitos...pela teu coração sem armas pra luta...
E eu? Eu sigo plantando sonhos...me banhando no lume das estrelas...namorando o luar ...que tu não conheces...
Dá-me de volta a liberdade de olhar o mundo fora dessa janela...de caminhar sobre os meus próprios passos...
Viva e me deixa viver!