Dentro e fora é um só

“... Quando alguém precisa arrombar uma porta para entrar em um quarto, seja este quarto um grupo social ou uma função, fica a impressão de que a pessoa não deveria estar ali. Surge então a pergunta: “Como vou saber se uma porta fechada significa que a hora não é adequada para algo acontecer, e que não devo desistir do meu sonho, ou que estou no caminho errado?” Quando o caminho é adequado, alguma intervenção ou ato de graça nos guiará, dizendo: “Não desista, vai dar certo.” Ou talvez um acidente ou uma coincidência limpe o caminho exatamente quando tudo parecia bloqueado. Por outro lado, quando estamos no caminho errado, nenhuma intervenção ocorrerá. Ou seja, alguém pode dizer “não desista”, mas estas palavras não terão o tipo de eletricidade que proporciona força e esperança. Permanecer no caminho acaba se tornando energicamente “caro demais”, porque nada nos alimenta...”

O trecho descrito acima é da autora Caroline Myss, no livro Contratos Sagrados, Ed. Rocco, 2003.

Quando estamos num caminho onde o desconhecido abraça a gente e nos acompanha sem nos largar, a sensação de desconforto é grande. Mas, quando estamos caminhando, sem nenhum controle, com esperança de ir ao encontro de algo que nos alimenta por dentro e por fora, o melhor a fazer é se entregar ao momento e seguir em frente. Se libertar das amarras que perturbam a alma. Se deixar guiar pela própria força, sem interromper o destino à chegada.

“... tudo que vai deixa o gosto... deixa a memória...”

Cássia Nascimento
Enviado por Cássia Nascimento em 16/12/2009
Reeditado em 16/12/2009
Código do texto: T1980741