Por que eu não gosto de natal – Parte 1

Vou fazer esse texto em duas partes. A primeira parte vai falar da historicidade do Natal, suas origens e o porquê de sua assimilação pelo cristianismo. A segunda parte fala de minhas experiências pessoais sobre o natal, experiências estas que me fizeram encarar tal festa como apenas uma oportunidade de comer um bom peru. Peço aos leitores que leiam sem preconceitos e opinem a vontade, eu também acredito em Cristo, talvez de um jeito diferente. Mas acredito no amor e isso é o que me basta.

Estamos nos primeiros séculos do cristianismo e a Igreja não era tão forte quanto era na Idade Média e ainda é hoje. O Império Romano estava infestado de diversas religiões, pagãs e politeístas. Adoravam quase tudo da natureza que se possa imaginar, cheias de rituais que mais tarde os cristãos tornariam satânicos.

Corria exatamente dois séculos desde que Jesus foi crucificado e ascendeu aos céus, duas festas eram muito populares no final de ano. A primeira chamava-se Saturnália e era comemorada pelos romanos do dia 17 a 26 de dezembro, sendo que no dia 25(chamado de bruma) era uma homenagem ao nascimento do Sol Invictus- paganismo puro, ou satanismo puro se assim preferirem os cristãos. A segunda festa homenageava a mãe natureza do solstício de inverno, quando temos a noite mais longa do ano no hemisfério norte. Esse costume era típico das antigas religiões européias. O dia 25 de dezembro também coincide também com muitas outras festa de inúmeras outras culturas.

Mas o caro leitor pode pensar: Eles copiaram do cristianismo. Não. Essas religiões são mais antigas que o cristianismo, a resposta é simples e comprovada por muitas publicações cristãs que se importam com a historicidade de sua religião. A Igreja em sua tentativa (diga-se de passagem, bem sucedida) de tornar a conversão menos dolorosa aos pagãos, fez exatamente o que ocorre hoje com o candomblé e o catolicismo na minha Bahia, os fundiu, o chamado sincretismo religioso.

Como vemos hoje, tanto deu certa essa investida católica, que poucos cristãos sabem da verdadeira história do Natal. Os costumes pagãos foram assimilados gradativamente e os pagãos aos poucos foram achando a nova religião do Império atrativa, seja a conversão pela fé, pela semelhança de costumes ou mesmo pela força, mas isto já é história para outro texto.

Agora vamos ao ponto mais importante, a Palavra de Deus. As Sagradas Escrituras deixam bem claro que o Bom Pastor não nasceu em dezembro. Em Lucas 2:8 vemos a seguinte informação: "Ora, havia naquela mesma região pastores que estavam no campo, e guardavam os seus rebanhos, durante as vigílias da noite.” Sabemos que dezembro é inverno em Israel, como poderia haver pastores no intenso frio. No frio os pastores guardam suas ovelhas e só recomeçam a pastorear de novo no verão. È óbvio e claro que Jesus não nasceu sequer em dezembro, quanto mais no dia 25 de tal mês.

Esse texto não foi feito com a finalidade de abalar ou desmerecer a fé de ninguém, cada um acredita no que quer acreditar, no que o seu coração diz. Porém, a religião atual é cheia de alegorias falsas, mitos e costumes de homens e não de Deus. O natal é um deles, uma festa totalmente pagã que a Igreja cristianizou, assim como outras inúmeras tradições. Além disso, se devemos comemorar algo é a vida, os ensinamentos e a morte do maior dos homens que já pisou neste solo quase infértil.

Se gostaram, não percam a segunda parte...(http://www.recantodasletras.com.br/ensaios/1994656)

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